A Sporting SAD assegurou hoje que o acordo alcançado com a banca vai permitir ao clube «retomar a sua atividade normal» e lançar «as bases gerais do plano de reestruturação financeira».
«Salientamos que este acordo, negociado de raiz, permitiu alcançar em apenas duas semanas o que não foi alcançado nos últimos 17 anos», sublinha a SAD “leonina”, em comunicado.
A SAD “leonina” enaltece «a vontade e esforço de todas as partes envolvidas» e «o profissionalismo e competência com que as negociações foram conduzidas» pelos parceiros do Banco Espírito Santo e do Banco Comercial Português.
«Este acordo irá passar pelos normais trâmites processuais, necessários à sua implementação, sendo que resulta desde já que o Grupo Sporting poderá retomar a sua atividade normal, nomeadamente fazendo face alguns compromissos financeiros prementes», afiança.
De acordo com sociedade, «a reestruturação financeira é crucial para o Grupo Sporting e, em concreto, para a Sporting Futebol SAD, na medida em que permitirá à Sociedade elevar os seus capitais próprios, criar condições para assegurar o cumprimento dos requisitos do ‘Fair Play’ financeiro exigidos pela UEFA para a participação nas competições europeias e ainda dotar a Sociedade dos meios necessários à gestão da sua atividade».
«De acordo como o programa de reformas que propusemos, que foi maioritariamente sufragado pelos sócios, e com o acordo agora alcançado, o Grupo Sporting será objeto de uma profunda reestruturação organizativa e desportiva em todas as modalidades», acrescenta.
No comunicado admite-se que «as negociações foram complexas, muito intensas, mas sempre com o máximo de profissionalismo e respeito», sobretudo tendo em conta «o agravar da situação financeira».
«Lamentamos que, mais uma vez, a campanha de desinformação pública, que levantou uma serie de suspeitas e de exigências ilegítimas e infundadas de qualquer uma das partes e visou, em nossa opinião, única e exclusivamente que o acordo não fosse alcançado», concluiu a SAD leonina no texto.
Na quinta-feira à noite, segundo fonte da direção presidida por Bruno de Carvalho, o clube e a banca chegaram a um entendimento que permitiu a libertação imediata de quatro milhões de euros para pagamento de salários em atraso de jogadores e funcionários.
Segundo explicou à Lusa a mesma fonte, iriam prosseguir as negociações com os parceiros bancários com vista à reestruturação financeira, que envolvem verbas na ordem dos 45 milhões de euros. Sobre a verba adicional de 25 milhões de euros solicitada por Bruno de Carvalho ainda não havia qualquer acordo.
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