Mais pressionante sobre a bola, o Benfica cedo começou a procurar a baliza de Nilson e os primeiros remates pertenceram a Cardozo e Luisão.
Com Fábio Coentrão a ocupar a lateral esquerda e Carlos Martins a fazer de Ramires, o ataque do Benfica ficou claramente entregue a Di Maria, que em sucessivas arrancadas fez tremer a defesa vimaranense.
Mas foi outro argentino a dar a primeira alegria aos adeptos da Luz. Depois de ganhar um ressalto a meio-campo, Aimar arrancou para a baliza e à saída de Nilson colocou a bola para o lado esquerdo do guardião brasileiro.
O Benfica não abrandou e a sede de chegar ao golo era tanta que Cardozo e Carlos Martins desentenderam-se mesmo, depois de o paraguaio amortecer e a bola se ter perdido sem que ninguém fizesse o derradeiro remate.
E quando era o Benfica a carregar, o Guimarães surpreendeu os homens de Jorge Jesus. Num contra-ataque rápido e numa jogada sempre em progressão, João Alves isolou Nuno Assis bem pelo centro da defesa encarnada e este bateu Quim com o bico do pé direito.
Um buraco na defesa encarnada e a melhor jogada do encontro deram o empate ao Guimarães.
Inconformado, o Benfica buscou até ao final da primeira parte o empate, mas o Guimarães sempre fechado continuou a aguentar-se, com destaque para uma jogada em que Saviola se isolou e foi derrubado por Moreno. O amarelo ao central vimaranense podia ser de outra cor, mas o resultado é justo pela falta de coordenação do movimento ofensivo encarnado.
Pouco depois de Elmano Santos ter apitado para o reinício da partida, Pablo Aimar decidiu voltar a abrir o livro.
Isolado na direita, o médio das Pampas tentou assistir no centro da área o compatriota Saviola, mas a defesa do Guimarães devolveu-lhe a bola.
De cabeça levantada, cedo o argentino encontrou novo destinatário e endossou a bola a Carlos Martins, que de primeira e à entrada da área bateu forte para o 2-1. Nilson parece ter sido mal batido depois de não ter visto a bola partir do pé direito do número 17 encarnado.
Se nas bancadas se pensou que a partir daí o jogo ia ter só o sentido da baliza de Nilson, os minutos seguintes logo demonstraram que quer os adeptos quer Jorge Jesus – que tinha dito que o Guimarães vinha jogar à defesa – teriam de sofrer mais, porque louvavelmente Paulo Sérgio veio à Luz para mostrar um Vitória a jogar futebol.
Mas o que o técnico vimaranense não pôde prever é que esta era a noite de Carlos Martins, que a 30 metros da baliza disparou e deixou Nilson pregado ao relvado. 3-1 para o Benfica num golo de levantar o estádio.
O futebol de ataque continuou e de um lado e de outro sucederam-se as oportunidades. Nuno Assis testou os reflexos de Quim e o Benfica com mais espaço explorou os buracos na defesa do Guimarães, com Cardozo a desperdiçar uma oportunidade clamorosa frente a Nilson.
Claramente, o melhor marcador do Benfica no campeonato enfrenta uma fase de menor acerto, ainda que Jorge Jesus o tenha mantido em campo quase até ao fim, optando por fazer descansar primeiro Saviola na troca com Éder Luís, que ainda atirou à barra.
A figura no melhor dos encarnados, Carlos Martins acabou por manchar a sua exibição com a expulsão aos 72’, por acumulação de amarelos.
No final, destaque para a grande atitude do Guimarães, que veio ao estádio da Luz jogar de igual para igual e que podia até ter conseguido outro resultado.
Com este resultado, o Benfica “encosta” novamente ao Braga, mantém a distância de 6 pontos para o FC Porto e vê a vantagem para o Sporting aumentar para 15 pontos.
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