Na véspera do clássico em Alvalade, o SC Braga-Benfica deixava antever um jogo não menos emocionante e a verdade é que não desiludiu, apesar da escassez de golos. Casper Tengstedt adiantou os encarnados logo aos três minutos e o marcador não voltou a mexer, mas as oportunidades de parte a parte mantiveram o suspense até ao fim. Os minhotos, de resto, carregaram no segundo tempo, acabando por esbarrar numa muralha chamada Trubin.

Ainda que sofrido, o triunfo permite ao Benfica passar a noite na liderança do campeonato, com 33 pontos, ficando à espera do resultado de amanhã entre Sporting e FC Porto, ambos com 31.

Veja o resumo

Para o jogo desta noite, Artur Jorge teve Álvaro Djaló de regresso, após a lesão que o afastou da partida em Nápoles. No Benfica, António Silva também voltou depois de cumprir castigo na Liga dos Campeões; apesar do golo em Salzburgo, Arthur Cabral voltou a ficar no banco, com Roger Schmidt a não abdicar de Tengstedt.

Uma aposta que se revelou certeira, uma vez que o avançado dinamarquês só precisou de três minutos para marcar na Pedreira. Zalazar perdeu a bola a meio-campo, o Benfica saiu rápido e Tengstedt, lançado por Kokçu, não desperdiçou na cara de Matheus.

Veja o golo de Tengstedt

O golo madrugador manteve o jogo animado e aos 10’ António Silva antecipou-se à marcação e viu o desvio de primeira sair ligeiramente por cima. Logo a seguir Rafa, tantas vezes criticado pela falta de eficácia, fez um chapéu perfeito a Matheus... mas estava em posição irregular.

A melhor oportunidade do SC Braga surgiu aos 14’ num disparo fortíssimo de Álvaro Djaló que Trubin parou com uma grande defesa. As águias tentavam explorar o corredor central, aproveitando os espaços concedidos pelos minhotos, mas o 2-0 teimava em não aparecer – Di María atirou ao ferro na fase mais frenética do jogo e depois foi Matheus a aplicar-se com um par de boas defesas a remates de Di María e Tengstedt.

É verdade que o SC Braga chegava com perigo à área encarnada, mas faltava-lhe outro critério no momento de decidir, permitindo o desarme do adversário. Insatisfeito, Artur Jorge decidiu tirar Zalazar pouco depois da meia-hora de jogo e lançou em campo André Horta. A equipa da casa melhorou, efetivamente, nos últimos minutos e chegou a ameaçar o empate num remate de Djaló que ainda desviou em Ricardo Horta, com a bola a ficar a centímetros do golo (44').

Veio a segunda parte e quase o segundo do Benfica. Rafa fez tudo bem: ganhou na direita perante dois adversários e serviu João Mário, que rematou isolado perante Matheus, mas o guarda-redes conseguiu tapar o ângulo e segurar a bola.
No entanto, foi o SC Braga quem regressou melhor do descanso, com mais bola, obrigando o Benfica a recuar. Aos 57' Simon Banza combinou com Ricardo Horta e, já dentro da área, rematou para defesa apertada de Trubin, que só não conseguiu travar o remate de Horta, isolado por João Moutinho; no entanto, o avançado dos minhotos estava adiantado.
A equipa de Artur Jorge continuava a pressionar em busca do golo, com o Benfica completamente remetido à defesa – a entrada de Florentino era paradigmática do sufoco dos encarnados – mas Trubin segurou a vantagem, com destaque para uma defesa providencial com o pé a remate de Banza, já nos descontos.