Os "encarnados" saíram para o intervalo a perder por 2-1, depois de uma primeira parte emocionante, e o avançado português acabou por "salvar" um ponto, a uma semana da recepção ao FC Porto, que pode ir para o "clássico" com apenas uma ponto de atraso.
Carlos Fernandes marcou para o Olhanense, Saviola empatou e Toy voltou a dar vantagem aos algarvios, numa primeira parte que as duas equipas terminaram com dez jogadores, por expulsão de Djalmir e Di Maria. No segundo tempo, o "capitão" benfiquista marcou aos 90+3 quando Miguel Garcia também já tinha sido expulso.
Enquanto o Benfica ficou na liderança provisória, à mercê do Sporting de Braga, o Olhanense, que esteve à beira de quebrar o ciclo de jogos sem vencer, agora cifrado em 12 (nove no campeonato), continua no 15.º lugar, agora com nove pontos.
O primeiro remate do jogo foi do paraguaio Cardozo, aos 8 minutos, mas esse lance foi o primeiro sinal de uma primeira parte jogada na intensidade máxima e com muitos momentos de emoção.
Logo no minuto seguinte, o Olhanense abriu o activo: Rui Duarte marcou um livre da esquerda, a bola “raspou” na cabeça de Ramires e Carlos Fernandes, ao poste mais distante, encostou para golo.
O tento abriu as hostilidades em campo e na bancada, gerando o arremessar de cadeiras entre adeptos das duas equipas, a que só a polícia de intervenção, minutos mais tarde, pôs cobro.
Entretanto, o Olhanense aproveitava o nervosismo dos forasteiros e Castro teve espaço para rematar de longe, atirando por cima mas bem perto da trave, aos 12 minutos.
Na segunda metade do primeiro tempo, os ânimos aqueceram igualmente dentro de campo: aos 25 minutos, após um sururu entre vários jogadores, Artur Soares Dias mostrou vermelho a Djalmir e amarelo a Cardozo.
Em inferioridade numérica, os locais permitiram o empate, aos 29 minutos, com erro do guarda-redes Ventura que não foi capaz de segurar uma bola cruzada por Di Maria, vendo Saviola, nas suas costas, marcar o seu sexto golo no campeonato.
O Olhanense, porém, nunca se mostrou inferior aos forasteiros e, aos 33 minutos, voltou de novo à condição de vencedor: após novo livre de Rui Duarte, desta vez na meia direita, Toy respondeu com um cabeceamento ao primeiro poste.
Aos 38 minutos, Ventura esteve novamente em destaque, desta vez pela positiva, com uma grande defesa a remate de Saviola, isolado na área por Javi Garcia.
A três minutos do intervalo, uma alegada cotovelada de Di Maria a Carlos Fernandes colocou as duas equipas em igualdade numérica, expulsando o argentino, que assim ficará de fora na recepção ao FC Porto, na próxima ronda.
Na segunda parte, com Felipe Meneses em campo no lugar do lesionado Ramires, o ritmo de jogo decresceu bastante, mas o Benfica surgiu cada vez mais dominador, empurrando o Olhanense para a sua área.
Jorge Jesus apostou em Weldon, colocando três elementos no ataque, num sistema 4x2x3, mas os “encarnados”, com Aimar ausente (sentiu uma dor no treino matinal e nem no banco se sentou), sentiam muitas dificuldades para criar verdadeiras ocasiões de perigo.
A partir dos 65 minutos, os locais começaram a “respirar” melhor, ante um Benfica sem imaginação, que só voltou a criar relativo perigo dez minutos depois, com um remate à figura de Fábio Coentrão.
Nos últimos dez minutos, o treinador do Benfica arriscou ainda mais, prescindindo de Coentrão para colocar o quarto elemento no eixo ofensivo
A um minuto do fim, Artur Soares Dias expulsou Miguel Garcia, por falta violenta sobre David Luiz, e o Benfica aproveitaria essa situação para chegar ao empate, no terceiro de cinco minutos de compensação.
Weldon centrou da esquerda, Luisão ganhou de cabeça no centro da área e a bola sobrou para a meia-esquerda, onde já não se encontrava Miguel Garcia, surgindo Nuno Gomes a marcar o segundo golo da sua equipa.
Mas o Olhanense ainda esteve perto de vencer: Tengarrinha, aos 94 minutos, isolado por Paulo Sérgio, correu muito mas, na “hora h”, faltou-lhe capacidade para “matar” o jogo, rematando ao lado.
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