O português Emanuel Macedo de Medeiros, CEO global da Sport Integrity Global Alliance (SIGA), considerou hoje “o quadro atual” um dos obstáculos para a transparência e a idoneidade na governação do futebol em Portugal.
“Não é possível se houver a mínima dúvida sobre os capitais, a intenção dos investidores e todo o circuito financeiro que tem, até à data, legitimado tanta dúvida e suspeita quer em relação à idoneidade dos investidores, quer às pessoas e suas motivações, quer também à própria natureza dos dinheiros que o futebol em particular movimenta”, referiu.
Emanuel Macedo de Medeiros considera que há que ter em atenção “as diferentes modalidades desportivas, a diferente dimensão das organizações, mas com medidas concretas, com reformas concretas ao nível do reforço da qualidade democrática das instituições, prevenindo os fenómenos de conflito de interesse e que os dirigentes se eternizem no poder por vezes décadas”, pedindo “um grande salto qualitativo”.
“Assumimos que o desporto tem um papel que vai muito para além do que se verifica nos pavilhões, nos campos. É um setor de atividade que tem responsabilidades para com a sociedade e por isso queremos um desporto limpo, digno e com consciência social possa contribuir para a criação de um mundo mais sustentável, mais igual, em que a igualdade de oportunidades não seja um chavão, mas sim uma realidade,” sustentou.
O português garantiu “o compromisso de fazer avançar esta visão reformista que a SIGA representa”.
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