Carlos Barbosa, candidato a vice-presidente na lista de Godinho Lopes às eleições de sábado, disse hoje que entregar o Sporting a alguém como Bruno de Carvalho pode levar ao fim do clube.
«Quando vejo candidatos, como o Bruno de Carvalho, que saem de esclarecimentos das contas e dizem que as contas estão boas, ou está a gozar ou é dramático. Se entregamos o Sporting a pessoas deste calibre, o Sporting daqui a pouco tempo fecha», referiu.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Barbosa alertou também que se os sócios não votarem no projecto certo «vão ter um segundo Boavista» e considerou que «nenhum das outras candidaturas tem qualquer espécie de plano com a banca».
«Nenhum candidato falou com os principais bancos, quer com o BES, quer com o BCP», referiu Carlos Barbosa, alertando que não existem projectos financeiros em outras candidaturas, mas apenas «foguetes para o ar» e «balões de oxigénio».
Em relação à sondagem hoje publicada, o candidato a vice-presidente considerou que a mesma não tem qualquer credibilidade e comparou-a às sondagens feitas pelo Partido Comunista nas manifestações da CGTP.
«Foi feita à porta do Alvaláxia, no fim de uma sessão de esclarecimento do Bruno de Carvalho aos seus apoiantes, cerca de 200. Faz-me lembrar as sondagens do Partido Comunista nas manifestações da CGT», referiu.
Carlos Barbosa sugeriu que se uma mesma fosse feita no almoço de sábado de Godinho Lopes teria dado 100 por cento para o seu candidato e zero para Bruno de Carvalho.
O membro da lista de Godinho Lopes disse não estar preocupado com as sondagens ou a possibilidade de estas condicionarem o ato eleitoral, referindo que «os sportinguistas são pessoas inteligentes e percebem a diferença entre projectos».
Quando Bruno de Carvalho já anunciou Van Basten, Dias Ferreira adiantou o nome do holandês Frank Rijkaard e Pedro Baltazar divulgou um entendimento com o brasileiro Zico, Carlos Barbosa reiterou o compromisso de Godinho Lopes não avançar com nomes de treinadores ou jogadores.
«Não vamos revelar contratos que temos, que estão pré-assinados, com pessoas que estão empregadas em grandes clubes, com grandes jogadores em grandes clubes. Iríamos contra aquilo que prometemos que é não revelar os seus nomes antes do dia 26», disse.
Para o candidato à vice-presidência existe, no entanto, uma certeza: «Sem dinheiro não há treinador, nem futebol. Para poder indicar nomes é preciso ter dinheiro e até agora não vejo ninguém que tinha dinheiro para indicar os nomes que indicou, se bem que os nomes são completamente sem interesse, sem perfil para o Sporting, são desempregados».
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