O administrador financeiro da SAD do FC Porto, Fernando Gomes, afirmou hoje é fundamental ao clube “comprar bem e vender ainda melhor” e que é imperativo que assim continue tendo em vista a competitividade da equipa de futebol.
Por isso, quando questionado sobre a possibilidade de vender o colombiano Jackson Martinez, o dirigente deixou no ar um “veremos o que vai acontecer no futuro”, admitindo que, caso as cláusulas de rescisão do jogador seja coberta, pouco pode fazer para evitar a sua saída.
“Não é segredo para ninguém que o FC Porto só consegue competir ao nível internacional, como tem competido até hoje, mediante a transação dos seus jogadores. Se nós tivéssemos de manter vários anos a mesma equipa não teríamos condições financeiras para estar este nível. Já vendemos o Danilo, o que foi já uma transação que podemos considerar como uma mais-valia para o sucesso financeiro desta época”, afirmou, em declarações à margem da apresentação dos resultados da Oferta Pública de Subscrição Obrigações Porto SAD 2015-2018, na bolsa de Lisboa.
O dirigente ‘azul e branco’ admitiu ainda que face a 2014/2015 o orçamento dos ‘dragões’ vai sofrer uma redução, não esclarecendo no entanto se essa redução poderá afetar a equipa de futebol, que terminou a presente temporada sem qualquer título conquistado.
“Neste momento estou em condições de garantir que o orçamento para o próximo ano vai ser inferior ao orçamento deste ano. No entanto isso não significa que haja menor investimento na equipa de futebol. O que vai acontecer é que a nível geral do clube vai ser feito um emagrecimento nas várias áreas onde é possível fazê-lo”, disse.
Sobre a temporada que agora termina, Fernando Gomes deixou bem claro que, apesar do insucesso desportivo, a época foi bastante positiva para os ‘cofres’ dos ‘dragões’, chegando mesmo a afirmar que este foi um dos “bons anos financeiros do FC Porto”, o que permite ao clube encarar a próxima época com “muita tranquilidade”.
“Este ano, apesar do insucesso desportivo, foi um ano de grande sucesso financeiro do FC Porto. Será mesmo um dos bons anos financeiros do clube. Como se sabe, o êxito financeiro nem sempre está dependente do êxito desportivo”, afirmou.
Admitindo que, desde a chegada da ‘troika’ a Portugal os clubes de futebol têm encontrado muito mais dificuldade em encontrar financiamento na banca, e que o futebol têm sido visto como o “parceiro poluente dos financiadores”, o dirigente portista garantiu ainda que está muito perto de fechar negociações com um novo patrocinador para a camisola ‘azul e branca’ que substituirá “com vantagem” o cessante patrocínio da PT.
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