Defendi cumpre a terceira época no clube nortenho e não tem dúvidas de que "esta é a temporada com maior mudanças", argumentando que "há muitos jogadores mais novos” e que "muitos nunca jogaram na I Liga".
"Na minha primeira época em Paços (2014/15), a equipa era muito experiente e tínhamos muitos jogadores com muitos jogos na I Liga. Na época passada, isso também aconteceu, além de contarmos com o talento do Diogo Jota e, já este ano, sem querer me comprometer muito com os números, creio que recebemos 16 ‘caras novas' em 27 [foram efetivamente 15] ", disse Defendi à agência Lusa.
Os pontos são outro termo de comparação e, se a referência forem as primeiras 10 jornadas, verifica-se uma regressão significativa. O Paços tinha 18 pontos em 2014/15, 14 em 2015/16 e 10 na atual temporada, a quatro do sexto Desportivo de Chaves e mais quatro do que o último Tondela.
O guarda-redes brasileiro não quis tomar a posição entre a perspetiva do copo meio cheio ou meio vazio, reconhecendo que "a pontuação não é a melhor" e que a eliminação da Taça de Portugal frente a uma equipa do terceiro escalão (Vilafranquense, por 1-0) tornou a recuperação "mais difícil", mas mantém confiança no futuro.
"Nós vivemos de vitórias, mas a pressão é mais de fora, não existindo aquela coisa de termos de ganhar a qualquer jeito. Temos um grupo muito forte e unido e isso irá, certamente, fazer-nos ultrapassar este momento, até porque toda a gente tem muito potencial. Falta-nos ganhar um pouco mais de confiança", sublinhou.
Para isso, Defendi, de 32 anos (só Ricardo, com 36, é mais velho no plantel) falou da importância do amadurecimento do grupo, e fez votos para que a equipa consiga ajustar a concretização ao número de oportunidades de golo criadas pela equipa, a começar em Arouca, no domingo, num "jogo muito importante" da 11.ª jornada da I Liga.
"O Arouca também precisa de resultados, é mais uma final e queremos ganhar, para termos uma segunda volta mais tranquila. O Lito [Vidigal] passa muita agressividade à equipa e estou à espera de um jogo com muita luta pela bola. Penso que, quem tiver mais calma e souber colocar a bola no chão, terá vantagem", afirmou.
Dizendo-se "muito feliz em Paços", apesar de tudo, Defendi evitou alarmismos, argumentando que "este é o campeonato mais disputado” dos três em que participou, por "estar tudo muito junto, nenhuma equipa estar a ficar para trás e todas irem pontuando".
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