O Sporting de Braga só depende de si para terminar em segundo lugar na Liga portuguesa de futebol, posição que ocupa em igualdade com o FC Porto, mas com mais um jogo, frisou o médio Hugo Viana.
A equipa minhota venceu sexta-feira o Vitória de Setúbal (3-0), na abertura da 18.ª jornada, e igualou o FC Porto na segunda posição, com 40 pontos, sendo que os portistas apenas jogam no domingo, em casa, com a União de Leiria.
«Sabemos que dependemos só de nós, mas também que faltam ainda muitos jogos. Temos de continuar humildes e, como se disse no início da época, o objetivo é acabar nos primeiros quatro lugares. Se houver a possibilidade - e isso só depende de nós - de ficar o mais acima possível do quarto, em terceiro ou em segundo, claro que não descartamos essa possibilidade», notou o jogador.
Terça-feira, os "arsenalistas" recebem os turcos do Besiktas, na primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa, prova da qual são finalistas vencidos da última edição, e Hugo Viana considera que a equipa tem «uma palavra a dizer» na eliminatória.
«O Besiktas é uma excelente equipa, tem demonstrado isso, não só na Europa como também na Turquia, mas nós, tal como fizemos no ano passado, temos uma palavra a dizer. Jogamos em casa, respeitamos o adversário, mas queremos sair com um resultado positivo, porque sabemos que o jogo lá será mais complicado do que aqui», considerou.
No Besiktas alinham vários jogadores portugueses, como Quaresma, Simão, Hugo Almeida, Manuel Fernandes, Júlio Alves e Bebé, além do treinador, Carlos Carvalhal, antigo técnico dos bracarenses e natural da cidade minhota.
Hugo Viana, contudo, desvalorizou o facto: «Hoje em dia, com a informação que há no futebol, se fosse outro treinador viria cá ver os nossos jogos e estudaria da mesma maneira como o Carlos Carvalhal, não penso que seja uma vantagem para eles».
Disse ainda ser «sempre bom receber elogios, e de um jogador e de um amigo como o Quaresma melhor ainda», retribuindo ao extremo e antigo colega de equipa no Sporting as recentes palavras lisonjeiras.
«O que ele tem feito na Turquia é digno de um grande jogador e para nós, portugueses, é um orgulho ver o que ele e outros têm feito lá fora», disse.
A atravessar um excelente momento de forma e em ano de Campeonato da Europa, na Polónia e na Ucrânia, Hugo Viana alimenta o sonho de regressar brevemente à seleção nacional, mas mostra-se tranquilo. «É óbvio que qualquer jogador português gosta de representar a seleção. Se algum dia for chamado ficarei contente e orgulhoso, se não, encararei isso com normalidade e continuarei a trabalhar para estar bem no meu clube», disse.
O médio esquerdino, de 29 anos, diz que não sabe se está na sua melhor forma de sempre - «isso é um bocado relativo, no futebol tudo muda de um dia para outro» -, e considera que os golos que tem marcado ultimamente não são «um dado muito importante para ser chamado à seleção».
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