O Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa abriu um inquérito aos cinco detidos no jogo Sporting-Benfica de segunda-feira, da 20.ª jornada da Liga de futebol, informou hoje o organismo do Ministério Público.
Os cinco arguidos, indiciados de incentivo à violêcia, desobediência qualificada e ofensas à integridade fisíca na forma agravada, foram presentes ao juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa na parte da tarde de terça-feira, após o qual foram libertados com termo de identidade e residência.
«Informa-se que há processo pendente no DIAP, mas não se registaram detenções», esclarece nota do DIAP em resposta a questão colocada pela agência Lusa.
Os detidos passaram a madrugada de terça-feira em instalações da PSP, antes de serem encaminhados para o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça.
Os incidentes, verificados fora e dentro do estádio José Alvalade, provocaram ferimentos em seis agentes da força de segurança.
Na segunda-feira, o subintendente Costa Ramos confirmou a detenção no exterior do estádio de «dois indivíduos identificados como adeptos do Benfica e no interior de três como adeptos do Sporting».
«Para a detenção dos adeptos do Benfica foram feitos sete disparos de 'shotgun' com balas de borracha, uma vez que os agentes foram rodeados por 30 ou 40 indivíduos, que lançaram petardos», disse o responsável pelo dispositivo de segurança do jogo, considerado de alto risco.
Costa Ramos acrescentou que a Polícia «teve de fazer uma intervenção na bancada [do topo Sul, onde se concentram habitualmente adeptos do Sporting], devido ao arremesso de tochas», durante a primeira parte.
«Os adeptos reagiram mal à tentativa de detenção, agrediram elementos policiais e tivemos de carregar. Registaram-se seis feridos entre os agentes, dos quais um teve de receber tratamento hospitalar e outros em ambulatório, no estádio», salientou, notando que os agentes foram alvo de arremesso de cadeiras e outros objectos, nomeadamente paus de bandeiras.
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