O funeral de Artur Agostinho está agendado para esta quarta-feira à tarde. Às 14h15, será realizada uma missa de corpo presente na Igreja S. João de Deus, em Lisboa, seguida do funeral (16 horas) para o cemitério de Benfica.
Artur Agostinho destacou-se como jornalista desportivo, passou pela locução na rádio e experimentou ainda o papel de actor e apresentador de televisão.
Artur Agostinho fez parte do departamento desportivo da Rádio Renascença, nos anos 80, e foi ele a voz de alguns dos mais importantes momentos do desporto português aos microfones da Emissora Nacional de Radiodifusão.
Dirigiu o diário desportivo Record, entre 1963 e 1974, tendo regressado ao jornal como colunista e patrono do prémio destinado a premiar o desportista do ano, em 2005. Entretanto, foi também director do Jornal do Sporting.
Como actor, participou nos filmes Cais do Sodré (1946), O Leão da Estrela (1947), Capas Negras (1947), Cantiga da Rua (1950), Sonhar é Fácil (1951),
O Tarzan do 5.º Esquerdo (1958), Dois Dias no Paraíso (1958), O Testamento do Senhor Napumoceno (1997), A Sombra dos Abutres (1998) e Perfeito Coração (2009).
Agostinho apresentou o primeiro concurso da televisão portuguesa, o "Quem Sabe, Sabe", e participou em programas como "O Senhor que se Segue", "No Tempo Em Que Você Nasceu" e "Curto-Circuito" e ainda em séries e telenovelas.
Entre estas destacam-se "Casa da Saudade", "Ganância", "Clube das Chaves", "Ana e os Sete", "Sonhos Traídos", "Inspector Max", "Tu e Eu", "Pai à Força" e "Perfeito Coração".
Como autor, escreveu o livro "Português sem Portugal" (1977) e, em 2009, lançou o romance "Bela, riquíssima e além disso ...viúva".
A 28 de Dezembro de 2010, três dias depois de cumprir 90 anos, foi condecorado pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, e comentou que este foi «um dos dias mais felizes» da sua vida.
«Realmente foi um dos dias mais felizes da minha vida, felicidade, emoção, alegria, todas as coisas boas da vida me aconteceram hoje», disse na altura à Lusa.
«Não tenho reclamações a fazer», gracejou Artur Agostinho, referindo-se ao privilégio de trabalhar naquilo de que gostava.
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