Foi uma goleada categórica para afastar dúvidas. Depois de uma semana em que muito se falou na nomeação do árbitro João Capela, o Benfica entrou em campo decidido a vencer de forma inequívoca.
O que se passou em Barcelos nenhuma relação teve com o trabalho da equipa de arbitragem, que, também ela, fez uma exibição de alto nível e passou despercebida, como se lhe pedia. Foi um duelo entre duas equipas com argumentos completamente desiguais e em momentos de forma opostos.
Perante uma grande onda de adeptos "encarnados" nas bancadas, o Benfica assumiu o protagonismo que lhe era devido diante de um Gil Vicente em crise, que muito dificilmente continuará no primeiro escalão português.
Com um ataque muito dinâmico, os "encarnados" aproximavam-se da baliza de Adriano Facchini com facilidade e abriram o marcador numa jogada em que todos os instrumentos da orquestra soaram com coordenação perfeita. Lima recebe a bola, descobre Sulejmani dentro da área e o sérvio oferece o golo a Maxi, que só precisou de encostar. Tudo praticamente ao primeiro toque, resultando num golo de equipa de belo efeito.
O segundo golo chegaria com naturalidade e de forma merecida. Gaitán arrancou pela esquerda, encontrou Jonas na área e o brasileiro deixou a sua marca no Cidade de Barcelos, com um remate de primeira pleno de eficácia.
Ainda antes do intervalo, Jorge Jesus teve aquilo que, na verdade, foi o único contratempo em toda a partida: Gaitán mostrou-se queixoso e saiu lesionado, substituído por Fejsa. O argentino juntou-se ao compatriota Salvio na lista de indisponíveis e ainda não é certo o período de paragem obrigatória.
Mesmo com a alteração tática, com o "miolo" reforçado e com menor fulgor nas alas, o Benfica de Jorge Jesus manteve o domínio na segunda parte e continuou a criar ocasiões de golo com naturalidade. Bastou um minuto no segundo tempo para surgir o terceiro golo. Perante uma equipa já muito retraída, o Benfica conquistou um pontapé de canto e Luisão fez o resto, cabeceando para o fundo das redes de Adriano.
A parceria Jonas-Lima acabaria por permitir mais dois golos aos "encarnados": primeiro, Jonas arrancou pela direita e cruzou para Lima cabecear, completamente isolado, para o fundo das redes. Depois, nova combinação entre os dois avançados culminou numa defesa de Adriano, mas na recarga Maxi não perdoou e fez o quinto e último golo benfiquista.
Tanto Jorge Jesus como José Mota destacaram a superioridade do Benfica em Barcelos e elogiaram o trabalho da equipa de arbitragem. O técnico benfiquista admitiu que as coisas se tornaram "fáceis" depois de uma entrada forte e José Mota lamentou a falta de agressividade dos seus jogadores.
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