O Gil Vicente considerou esta terça-feira, em comunicado, que “as dúvidas, incongruências e irregularidades tributárias e contributivas do Vitória de Setúbal e Boavista permanecem por esclarecer”, insistindo que o clube sadino continua com dívidas fiscais por saldar.
Na nota publicada hoje no seu site oficial na internet, o clube gilista revela que teve conhecimento, através de “um alto responsável da Autoridade Tributária, que o Vitória de Setúbal não pagou a dívida de cerca de 2.800.000,00 euros contraída após a aprovação do PER, assim como que, do PER, tem várias prestações em atraso que já motivaram a apresentação de pedidos de insolvência pelos seus credores”.
Esta tomada de posição surgiu um dia depois de a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) ter levantado o impedimento de inscrever jogadores ao Vitória de Setúbal, da I Liga, depois de o clube ter regularizado a sua situação contributiva.
O clube sadino estava impedido de inscrever desde 29 de junho, mas, em comunicado, a LPFP explicou que "face à apresentação das declarações emitidas pela Segurança Social e Administração Fiscal relativas ao clube, cessa a medida de impedimento".
O clube minhoto refere que “as dúvidas, incongruências e irregularidades tributárias e contributivas do Vitória de Setúbal e Boavista permanecem por esclarecer, dado que nada se diz sobre a forma como foram conseguidas as ditas certidões”.
“O Vitória de Setúbal poderá continuar a competir sem pagar impostos? Então, os clubes cumpridores poderão deixar de o ser, não pagando impostos e optando depois por fazer acordos? Quem perde, sobretudo, é o Estado português – todos nós”, refere ainda o comunicado.
Desta forma, o Gil Vicente garante que continuará a “luta pela verdade desportiva, pois continua-se a permitir a inscrição na LPFP de clubes e sociedades desportivas que, mesmo não cumprindo as suas obrigações, ano após ano, usam de expedientes para se manterem nas competições profissionais de futebol e atingir os seus objetivos”.
A terminar o Gil Vicente diz que a última palavra cabe agora à Federação Portuguesa de Futebol, “a quem compete, através do seu Conselho de Justiça, repor a normalidade e regularidade no processo das candidaturas à participação na Liga NOS, dando como procedente o recurso interposto pela Gil Vicente”.
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