O antigo árbitro João Ferreira disse hoje que a introdução do vídeo-árbitro nas competições portuguesas, a começar pela Supertaça, no domingo, será apenas um apoio ao juiz principal nas decisões cruciais dos jogos.
"É uma ferramenta que vai ajudar o árbitro a tomar as decisões e estamos a falar de decisões cruciais. O objetivo deste vídeo-árbitro não é corrigir o árbitro, longe disso. O árbitro é o único decisor no jogo e vai continuar a ser assim", começou por dizer o agora vice-presidente do conselho de arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) na conferência de imprensa de apresentação da introdução da tecnologia.
João Ferreira explicou que este novo apoio servirá para quatro tipos de lance: "grande penalidade, situações de golo, se a bola entra ou não entra, expulsões, se é cartão vermelho e, o quarto pilar, a má identificação jogador".
O antigo árbitro salientou que nesta primeira fase de experimentação o juiz principal não terá nenhum contacto com o vídeo-árbitro, dirigindo o encontro sem qualquer ajuda.
"Estamos numa fase de testes e este é, garantidamente, o primeiro jogo. Portanto, este é um teste em ‘off’ cuja equipa de arbitragem que vai dirigir o jogo da Supertaça [entre Benfica e Sporting de Braga] não vai ter qualquer ligação, qualquer contributo e vai dirigir como se não houvesse este teste", reiterou.
Relativamente à primeira fase de experimentação nas provas portuguesas, João Ferreira assegurou que estará presente numa dezena de encontros e, numa segunda, já em ‘on’ com mais encontros.
"Vai acontecer na Taça de Portugal, neste jogo da Supertaça e depois nos quartos de final e meias-finais [da prova rainha]. Estão previstos 10 jogos para esta época. No segundo ano, alguns jogos serão escolhidos para testar com a ligação em ‘on’ à equipa de arbitragem.
Quanto ao tempo que uma decisão auxiliada pela nova tecnologia poderá interromper o tempo de jogo, o diretor de tecnologia da FPF, Hugo Freitas, afirmou que ainda muito cedo para avançar com uma marca exata.
"Ainda é um pouco prematuro para estarmos a falar [do tempo] em ‘on’ e para isso é que servem os teste de ‘off’, para podermos definir com exatidão a situação real. Podemos assumir os 12 segundos. Estamos, evidentemente, a falar sempre de uma média", transmitiu.
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