O presidente do Vitória de Guimarães, clube que hoje comemora 92 anos, elogiou o "arranque excecional" da equipa, segunda classificada da I Liga de futebol, mas avisou que importa "não embandeirar em arco".

Júlio Mendes, que falava depois do hastear da bandeira do clube no complexo desportivo do Vitória, assinalando o 92º aniversário dos minhotos, frisou que a equipa orientada por Rui Vitória atravessa uma "fase interessante" no campeonato, salientando o segundo lugar na tabela.

"Tivemos um arranque de época excecional, é mais uma marca histórica, mas como todos percebemos este fim de semana, o futebol não é matemática. Os resultados que à partida parecem já estar definidos antes dos jogos revelam-se uma surpresa. Nós próprios, tivemos uma surpresa contra um adversário que julgámos que não nos ia apresentar tantas dificuldades", disse, numa alusão ao empate caseiro com o Paços de Ferreira (1-1).

Para o presidente vitoriano, importa, por isso, "manter a lucidez", ter a perspetiva de "respeitar todos os adversários, estar muito focados e não embandeirar em arco".

"Se fizemos isso tenho a certeza que vamos ter uma surpresa bem agradável", disse.

O dirigente abordou ainda o momento do clube, considerando que o Vitória "está mais saudável do que esteve no passado, mas ainda não está na sua saúde máxima".

"Estamos confiantes que vamos conseguir melhorar no dia-a-dia, com a minha liderança, mas com o contributo de todos os que estão neste projeto", disse.

O Vitória de Guimarães reúne-se em assembleia-geral para discutir o relatório e contas de 2013/14 e Júlio Mendes prometeu "boas notícias" para os sócios e adeptos.

A cerca de seis meses de novo ato eleitoral, o responsável disse ainda não ter uma posição definida sobre uma eventual recandidatura, mas não fechou as portas à continuidade na liderança do clube.

"Em futebol, seis meses é uma eternidade. Eu pondero sempre tudo, mas acho que não é oportuno. Esse dossier só em meados de janeiro, fevereiro [de 2015] é que se vai iniciar, será o tempo de ver o que os sócios têm para dizer, qual o seu 'feed back' do trabalho que fizemos e depois tomarei uma decisão", referiu.