Ibrahim Koneh pôs fim à carreira futebolística devido a um problema cardíaco. O avançado camaronês foi contratado pelo Boavista ao Lusitânia de Lourosa neste mercado de verão e, logo nos habituais exames médicos, foi detetado um batimento cardíaco anormal.
O departamento médico do Boavista pediu então exames mais rigorosos e foi aí que a doença congénita de Koneh foi detetada. O problema que atingiu o jogador de 23 anos, afeta entre 1% a 2% da população mundial e é chamado de válvula aórtica bicúspide, que surge quando a valva aórtica apresenta 2 folhetos, ao invés de 3.
A válvula aórtica bicúspide é a anomalia congênita mais comum, o jogador pode ter uma função normal durante a vida, como também pode desenvolver calcificação progressiva, estenose, insuficiência, aneurisma aórtico e dissecção, além de endocardite infecciosa.
Esta doença pode evoluir com a intensidade e volume do exercício físico e consequentemente levar a uma obstrução da passagem do sangue pela válvula para o coração. Como Ibrahim Koneh é um jogador profissional, a desistência é o principal conselho médico visto que a continuação do esforço físico pode levar à morte do jogador.
Depois de realizar um eco doppler - teste não invasivo que permite estimar o fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos mediante o recurso a ultra-sons que incidem sobre as células do sangue, Koneh foi informado pelo treinador Jorge Simão da doença, no final da passada semana.
A SAD, em conjunto com departamento médico e a equipa técnica do Boavista, decidiu pela rescisão do contrato de Ibrahim Koneh, de forma amigável, como foi anunciado em comunicado. "Vem a Boavista Futebol Clube, Futebol, SAD informar que, de forma amigável, acordou e assinou com o jogador Ibrahim Koneh a desvinculação do seu contrato de trabalho desportivo. O Boavista deseja ao jogador todo o sucesso na sua vida pessoal futura, agradecendo, ainda, todo o empenho e dedicação demonstrada, durante a pré-época em que participou ao serviço do Boavista", pode ler-se.
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