O avançado brasileiro Lourency desmentiu hoje notícias relacionadas com o fim do vínculo ao Gil Vicente no final da época, considerando que o nono classificado da I Liga de futebol terá um “lugar especial” no seu coração.
“Vejo alguns boatos, mas tenho contrato para a próxima temporada. O que acontecer no final desta época fica com os dirigentes do clube e com os meus empresários. Da minha parte, tenho contrato por duas temporadas e não posso prever o destino”, afirmou o dianteiro, numa videoconferência promovida pelos minhotos nas redes sociais.
Lourency, de 24 anos, contabiliza quatro golos nos 28 encontros disputados em plena temporada de estreia no futebol europeu, ao qual chegou em junho proveniente da Chapecoense, despertando o interesse de outros emblemas estrangeiros.
“Quando estamos a jogar bem é natural que apareçam propostas, mas tenho de estar focado no Gil Vicente. Sei que já houve clubes interessados, mas isso não me tira o sono. Na hora certa, se tiver de acontecer, vai ser tudo na paz”, partilhou.
Envolvido numa estrutura que oferece “tranquilidade para trabalhar”, o avançado congratulou-se com a “experiência agradável” vivida em Barcelos, onde tem procurado unir esforços para legitimar voos para “grandes campeonatos e grandes clubes”.
“Como todo o jogador, quero jogar ao mais alto nível possível. Trabalho para isso e tenho a certeza de que, melhorando todos os dias, vou conseguir os meus objetivos. Mas, neste momento, estou no Gil Vicente, que me abriu as portas num momento-chave”, anotou.
Lourency aterrou em solo português “cheio de sonhos e expectativa” e contribuiu logo com um golo e uma assistência para o triunfo caseiro sobre o líder FC Porto (2-1), numa jornada inaugural que assinalou o regresso dos minhotos à elite, após uma reintegração administrativa a partir do Campeonato de Portugal, na sequência do ‘caso Mateus’.
“Foi o golo mais importante da carreira e será sempre lembrado por tudo o que envolveu aquele jogo. O clube ficou muito tempo sem jogar na I Liga e todos os gilistas precisavam de um recomeço assim, contra um dos grandes clubes portugueses e do mundo”, admitiu.
A vitória foi um “bom ponto de partida” para a campanha tranquila dos pupilos de Vítor Oliveira, que seguem na nona posição a 10 jornadas do fim, com 30 pontos, 14 acima da zona de descida, numa altura em que a I Liga está suspensa desde 12 de março.
“Até hoje foi o treinador mais exigente que apanhei e influenciou o meu crescimento. Com a inteligência dele, consegui abrir a minha cabeça para um certo estilo de jogo. Depois, ele já disse que este grupo cheira a suor e quer sempre aprender em conjunto. O protagonismo é da equipa inteira e é isso que está a fazer a diferença”, analisou.
O plantel do Gil Vicente está de férias até ao final de abril, face à pausa competitiva por tempo indeterminado imposta pela pandemia de covid-19, antecipando uma possível conclusão da temporada no verão e mudanças no calendário da próxima época.
“Não vejo a hora de voltar aos treinos, jogar e dar alegrias aos adeptos. Marcar golos, fazer assistências e conquistar vitórias é o que me deixa feliz. O futebol e a vida são feitos de desafios e temos de estar sempre prontos para poder ultrapassá-los. Pode demorar, mas vamos conseguir passar por isto”, afiançou.
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