Luiz Phellype defendeu hoje que jogar no Dragão frente ao FC Porto é "sempre difícil", independente do contexto, assegurando que o Paços de Ferreira vai entrar sem medo no jogo da 33.ª jornada da I Liga de futebol.
Quando FC Porto e Paços de Ferreira começarem a jogar no Dragão, no domingo, já pode haver uma decisão sobre o vencedor da I Liga, bastando ao campeão em título Benfica derrotar em casa, na véspera, o Vitória de Guimarães, mas o avançado Luiz Phellype rejeita qualquer tipo de facilidade.
"Jogar com o FC Porto no Dragão é sempre difícil. Pode ser um jogo diferente, podem até trocar alguns jogadores e, se já houver campeão, entrar sem o foco que teriam se ainda pudessem ganhar, mas não acredito que vá ser mais fácil, pois os adeptos exigem vitórias e vão cobrar", disse Luiz Phellype à agência Lusa.
O avançado, de 23 anos, insistiu que "há sempre pressão" nas equipas, especialmente nas melhores e mais fortes, mas admitiu que "jogar tranquilo" e conseguir "acalmar o jogo" pode ajudar o Paços a tirar algum partido da pressão imposta ao FC Porto pelos adeptos e pela necessidade de vitórias.
"Não temos de ter receio de nada, esperamos dificuldades, sim, porque é frente a um ‘grande', que joga em casa. [O FC Porto] É uma equipa muito equilibrada, que pressiona alto e defende bem, mas, para nós, é igual, pois a motivação é a mesma. É um jogo que toda a gente vê e é bom para mostrar o nosso trabalho e valor", sublinhou.
Luiz Phellype disse acreditar que o Paços possa "fazer o seu jogo" no Dragão, "entrando muito forte e mantendo concentração máxima todo o tempo", e perseguir os pontos que sempre procura somar em qualquer jogo.
Desvalorizou, por outro lado, a ausência do central Felipe, por castigo, por considerar que "jogará outro bom jogador no lugar de um grande jogador", e, em relação ao vencedor do campeonato, não se quis comprometer, defendendo, que "quem é campeão, é sempre merecedor".
"As equipas ‘grandes' podem não estar a fazer tão bons jogos, mas não é tanto por demérito próprio, temos de perceber que os adversários também trabalham muito e têm mérito. Em relação ao Paços, por exemplo, sempre o vi como uma equipa boa e espero que, para o ano, possa voltar a ser a equipa que luta pelos lugares de cima e não apenas para não descer", referiu.
Titular nos últimos quatro jogos, Luiz Phellype, que em Portugal também já representou Beira-Mar, Estoril-Praia e Feirense, já anotou três golos, começando a ganhar a confiança dos adeptos e a fazer esquecer o compatriota Welthon, melhor marcador da equipa, com 11 golos em 28 jogos disputados.
"Estive muito tempo sem jogar e, além disso, o Welthon estava a marcar. Agora que tive oportunidade, quero aproveitar, marcar e ajudar. Foram os meus primeiros quatro jogos e penso que posso melhorar. Faço o que o treinador me pede e ‘brigo', corro e ‘dou o sangue' pelo clube, mas, também, tento mostrar qualidade e fazer golos", concluiu.
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