A maioria dos seis candidatos à presidência do Sporting manifestou no sábado a preferência pela contratação de um treinador de futebol estrangeiro, embora não tenham sido avançados outros nomes além do holandês Frank Rijkaard e do brasileiro Zico.
Num debate realizado pela SIC, Dias Ferreira disse que a aposta em Rijkaard se justifica com a necessidade de o Sporting ter uma equipa competitiva, importante para a «recuperação financeira», e salientou que o treinador «terá de aproveitar a formação», como afirmar sexta-feira fonte do clube ao SAPO Desporto.
O candidato, que contará com Paulo Futre como homem-forte do futebol, advogou a necessidade de o treinador «ser o rosto do projecto» e recusou falar em contratações de jogadores, pois competirá «criar condições» para que o técnico o possa fazer».
Por seu lado, Pedro Baltazar, que afirmou que vai negociar com a banca «rapidamente» para aliviar a situação financeira do clube, assumiu que Zico «é uma das opções» e acrescentou que se está «a negociar a remuneração».
«É um homem relevante na história do futebol mundial e, nas conversas que tivemos, mostrou muito interesse no Sporting», disse, declarando que Zico «não vai impor jogadores» e que «os últimos anos têm mostrado que o caminho é um treinador estrangeiro».
Bruno Carvalho não anunciou o nome do técnico, mas disse que será «um português ou um estrangeiro», que será apresentado «na altura certa, depois de assinado um pré-acordo».
Disse ainda que perspectiva a contratação de oito ou nove jogadores para reforço do plantel, voltando a aludir a um fundo de 50 milhões de euros.
Sérgio Abrantes Mendes também não revelou a identidade do treinador a contratar, limitando-se a afirmar que tem «três treinadores na cabeça» e que «são todos estrangeiros».
Este candidato anunciou pretender manter José Couceiro como director desportivo do Sporting, porque, disse, «confere estabilidade», e também ser sua intenção manter Oceano como técnico-adjunto.
Godinho Lopes, que anunciou ter falado com Luís Figo para a realização de um jogo All Stars-Sporting, apenas indicou que «Espanha, Itália e Holanda são fontes interessantes» para recrutar o treinador.
Por último, Zeferino Boal sublinhou a preferência num treinador português, que será apresentado igualmente «na altura devida», mas não escondeu que Manuel José pode ser o eleito.
Os seis candidatos também apontaram as suas soluções financeiras.
Boal observou que a situação «é negra» e Dias Ferreira lamentou que o «futebol profissional esteja a definhar eternamente», enquanto Abrantes Mendes esclareceu que é «inimigo do conformismo e da resignação».
Bruno Carvalho falou «num novo ciclo», com uma gestão que «não continue a fazer a penhora do clube», e Pedro Baltazar referiu que, além de «15 milhões de euros de um fundo que seria aplicado em bancos angolanos», prevê a criação de «unidades de participação de baixo montante».
Já Godinho Lopes frisou que tem a solução para «o arranque da nova temporada», explicando que «precisava de 40 milhões de euros» e que recorreu a instituições financeiras.
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