O treinador do Nacional, Manuel Machado, criticou hoje a prolongada paragem na I Liga portuguesa de futebol, que fez com que a sua equipa tivesse ficado 12 dias sem jogar.
"Não há quem olhe para isto. Quem gere os dois grandes organismos do futebol português pensa que ficaremos melhor se jogarmos pouco. Realizamos 30 a 35 jogos, em média, por época, provocando com que os jogadores estejam constantemente parados, pois com isso não são rentabilizados, em termos desportivos e de mercado", afirmou o técnico.
Por isso, na antevisão à receção ao Gil Vicente, no domingo, Manuel Machado disse desconhecer as repercussões desta interrupção nas duas equipas.
"Se não fosse esta situação, estaria mais consciente da capacidade da minha equipa para dar continuidade aos bons desempenhos que tivemos com o Sporting e Benfica. Nestas condições, perde-se o fio à meada e temos de estar de pé atrás quando voltamos a jogar", frisou.
Manuel Machado apelou a uma “reflexão da parte de todos", reconhecendo que, devido à paragem do campeonato, a receção ao Gil Vicente "é uma grande incógnita", por desconhecer os "efeitos que vai causar".
"A quebra que o Gil Vicente tem revelado nas últimas jornadas não é motivo para que a sua equipa parta para o encontro com um favoritismo redobrado", admitiu, salientando que a formação de Barcelos “está muito melhor do que é habitual noutras épocas”.
O técnico insular desvalorizou ainda o facto de o Gil Vicente não vencer na I Liga desde 03 de novembro de 2013, quando derrotou em Barcelos o Vitória de Guimarães, por 1-0.
"O Gil Vicente tem um desempenho muito igual ao nosso. As quebras de rendimento acontecem a qualquer equipa, por isso não vejo razão para que se apresentem menos capazes", concluiu Manuel Machado.
O Nacional, sétimo classificado com 21 pontos, recebe no domingo, pelas 19h15, o Gil Vicente, oitavo colocado com 18 pontos, em jogo da 15.ª jornada da I Liga, que será arbitrado pelo portuense Rui Costa.
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