O defesa Marco Baixinho deu conta hoje da "motivação extra" que representa para o Paços de Ferreira poder destronar o líder Arouca, em caso de vitória no jogo da terceira jornada da I Liga de futebol, no domingo.
"O empate conseguido em Alvalade (1-1) não pode servir de relaxamento, até porque ganhar ao Arouca é uma oportunidade de estarmos em primeiro e isso dá-nos, naturalmente, maior motivação", disse Marco Baixinho, em declarações à agência Lusa, após o primeiro treino do ‘reforço’ João Silva.
O defesa, de 26 anos, corroborou a aposta do técnico Jorge Simão, que reencontrou na formação pacense após terem trabalhado juntos no Mafra, de a equipa poder alcançar os 48 pontos no campeonato, fazendo depender o sucesso dessa aposta na "capacidade da equipa jogar e acreditar nos métodos" da equipa técnica.
"Na pré-época houve muitas experiências e, por isso, é natural que as coisas fossem diferentes desta nova fase, decisiva, na qual o treinador tem de escolher a equipa e optar pelos jogadores que considera estarem em melhor forma", sublinhou.
Baixinho foi titular nos primeiros dois jogos oficiais da época, não parecendo acusar a estreia na I Liga, escalão ao qual o próprio diz ter "chegado tarde".
"Há muita qualidade nos campeonatos secundários e conheço muitos jogadores que iam corresponder, caso tivessem uma oportunidade. Sabia que tinha qualidade para aqui estar e acho até que cheguei tarde", acrescentou, admitindo que, "às vezes, o ‘scouting’ não funciona da melhor forma".
Assumindo-se como um jogador "com qualidade de passe e forte no passe longo" e que tem a "velocidade como forte", Baixinho diz ter melhorado "a regularidade nos últimos anos", prometendo "trabalhar para jogar os jogos todos" para ainda cumprir o sonho de chegar mais longe.
"Sinceramente, acho que tenho qualidades para jogar num ‘grande’", afirmou, sem falsas modéstias uma das revelações de início de época do Paços de Ferreira, equipa que travou o candidato Sporting no seu reduto, na última jornada.
O defesa, que representou na formação Sporting, Benfica e Oeiras, passou ao lado da polémica em torno da arbitragem, ao lembrar que, "quando os ‘grandes’ empatam ou perdem, raramente dão mérito ao adversário", e defendeu mesmo que "não seria escândalo o Paços ter ganho o jogo", em função "do maior número de oportunidades".
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