Autor de 30 golos em oito encontros, à notável média de 3,75 remates certeiros por jogo, o Benfica enfrenta um exigente teste à sua capacidade concretizadora, ao defrontar a quase intransponível defesa minhota.
Os bracarenses sofreram apenas quatro tentos nas mesmas oito partidas, o que representa uma média de 0,5 por jogo, mas o Benfica também só encaixou cinco, o que permite aos "encarnados" assumir o comando da Liga, graças à melhor diferença entre marcados e sofridos.
As duas equipas totalizam sete vitórias e um empate, concedido nos extremos do calendário (o Benfica na estreia, na recepção ao Marítimo, e o Braga na última ronda, no estádio do Rio Ave, ambos por 1-1), mas os lisboetas têm mais do dobro dos golos marcados.
Para a diferença de 17 tentos (30 do Benfica contra 13 do Braga) muito contribuiu a pontaria do avançado paraguaio Óscar Cardozo, líder dos melhores marcadores, com 11 remates certeiros, quase tantos como os apontados por toda a equipa bracarense.
Enquanto o principal "artilheiro" do clube da Luz concretiza mais de um golo por jogo no campeonato (média de 1,375), os melhores marcadores dos "arsenalistas" na prova ficam-se por um total de três tentos.
O camaronês Meyong, o brasileiro Alan e Hugo Viana (este último, o único a conseguir "bisar") estão mesmo atrás de mais dois benfiquistas, o argentino Saviola e o brasileiro Ramires, que acertaram no alvo por quatro vezes.
Cardozo, em contrapartida, já obteve dois "hat-trick" e um "bis", deixando a sua marca nas três maiores goleadas obtidas até ao momento na Liga, frente ao Vitória de Setúbal (8-1), Nacional (6-1) e Leixões (5-0), sempre no Estádio da Luz.
O pecúlio do internacional paraguaio explica-se também pelos cinco golos obtidos através de grande penalidade, duas das quais na última partida, com o Nacional, apesar de ter desperdiçado dois castigos máximos nas jornadas inaugurais, precisamente, nos jogos mais sofridas para a sua equipa.
O clube da capital lidera com grande vantagem aquela estatística, pois a segunda equipa com maior número de penalties marcados a seu favor, o tetracampeão FC Porto, contabiliza apenas três, menos cinco do que os rivais.
A fartura benfiquista contrasta com a austeridade bracarense, pois cinco das sete vitórias do Sporting de Braga foram obtidas pela margem mínima: Académica (1-0), Sporting (2-1), Marítimo (2-1), FC Porto (1-0) e Olhanense (1-0).
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