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Os encarnados apenas desperdiçaram quatro pontos em 39 possíveis neste arranque.
O Benfica parte para a receção de domingo ao FC Porto com o melhor arranque na I Liga Portuguesa de futebol desde que Jorge Jesus é o treinador, com a perda de apenas quatro pontos.
Onze vitórias e dois empates valem 35 pontos e são o melhor registo à 13.ª jornada, face aos 30 de 2009/2010, época de estreia, com título, para Jesus, os 27 de 2010/2011 e os 33 de 2011/2012.
A dois dias do clássico, na Luz, os números são “simpáticos” para o Benfica”: lidera a Liga (com mais um jogo do que o FC Porto), tem o melhor ataque (35 golos), a segunda melhor defesa (nove) e o “rei” dos marcadores (Cardozo).
Num percurso quase “limpo”, a equipa tem, em vigor, a maior série de vitórias consecutivas (nove), após o empate 2-2 em Coimbra, à quarta ronda, e não perdeu nenhum de 19 jogos em provas nacionais (Liga, Taça e Taça da Liga).
Outro mérito das “águias” tem sido a capacidade demonstrada para virar resultados adversos: estiveram a perder em seis jogos, empatando dois (Braga e Académica) e vencendo quatro (Paços de Ferreira, Beira-Mar, Sporting e Marítimo).
Uma característica que a equipa conseguiu igualmente colocar em campo em todos os jogos da Taça da Liga – vitórias com Olhanense e Académica e empate com Moreirense.
A consistência dos “encarnados” tem surpreendido, sobretudo, depois de um início de época em que perderam dois elementos-chave no meio-campo - Javi Garcia (transferido para o Manchester City) e Axel Witsel (Zenit), inesperadamente bem substituídos por Matic e o ex-extremo Enzo Perez – e não tiveram o lesionado Aimar.
A defesa, com um lateral esquerdo adaptado (Melgarejo) e Luisão ausente, por castigo, de grande parte do início da temporada, também se antevias “vulnerável”, face a um ataque poderoso, com o regresso de Salvio, e ainda Bruno César, Gaitán, Nolito ou o reforço holandês Ola John.
Gaitán, de quem se falou que poderia sair, começou mal, mas “renasceu” nos últimos jogos e poderá de ser uma das opções para o encontro com os “dragões”, em detrimento da promessa Ola John, que tem crescido na equipa.
No eixo do ataque as apostas têm sido feitas numa dupla de avançados – Cardozo, mais Rodrigo ou Lima -, ao invés de um único ponta de lança, com Aimar, Carlos Martins, Bruno César ou Gaitán nas costas, soluções outrora tentadas.
Lima, contratado ao Sporting de Braga, mostrou-se uma mais-valia, e é o segundo melhor marcador da equipa no campeonato (sete golos), atrás de Cardozo (12) e à frente de Rodrigo (cinco).
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