Triunfo convincente do Sporting em Paços de Ferreira, o oitavo consecutivo em todas as competições, com Rúben Amorim a igualar o seu melhor registo desde que chegou a Alvalade. Os 'leões' foram sempre mais perigosos, mas só conseguiram confirmar essa superioridade na segunda parte, com recurso às velhas fórmulas: golo na sequência de um canto (com Gonçalo Inácio a 'fazer' de Coates) e o 2-0 por Pedro Gonçalves, que não marcava para o campeonato desde a 2.ª jornada. Em suma, a resposta que se pedia ao triunfo do FC Porto nos Açores, com ambos novamente colados na frente da I Liga. Segue-se a pausa para os compromissos das seleções…

Veja o resumo

Rúben Amorim fez duas mudanças em relação ao onze que defrontou o Besiktas: Ricardo Esgaio substituiu Pedro Porro, lesionado, e Nuno Santos surgiu no lado esquerdo, com Matheus Reis a fazer tripla no eixo da defesa com Coates e Gonçalo Inácio.

Mais uma vez, jogar a meio da semana para a Liga dos Campeões não foi um problema. O Sporting entrou com tudo frente a um Paços que procurava acertar marcações e podia ter festejado logo aos 8 minutos, não fosse a boa defesa de André Ferreira ao cabeceamento de Coates, após canto de Sarabia. O guardião pacense voltou a ser posto à prova pouco depois, negando o remate de primeira de Ricardo Esgaio (10'), que entrou bem na área adversária.

Os 'leões' exploravam a profundidade, sobretudo no flanco esquerdo, e não davam margem para o adversário ter bola. Contudo, o Paços soube resistir à pressão e começou a ter mais confiança no jogo, aproveitando uma ligeira quebra no lado do Sporting. O conjunto de Jorge Simão até podia ter marcado aos 11 minutos, quando João Pedro intercetou um mau passe de Matheus Nunes para Adán, mas o remate saiu à malha lateral.

Já em cima do intervalo, Antunes voltou a deixar os pacenses perto do golo - valeu o precioso corte de Matheus Reis - mas era o Sporting que mantinha o domínio, com mais iniciativa, mais velocidade e mais situações de perigo. Só faltava o golo.

Não foi preciso esperar muito tempo. Dois minutos volvidos da segunda parte, os leões chegavam à vantagem, repetindo a fórmula tentada no início da partida. Canto para Coates, só que desta vez o capitão amorteceu para outro central, Gonçalo Inácio, emendar de cabeça para o 1-0.

O Paços de Ferreira tentou reagir ao golo sofrido, mas Adán nunca foi verdadeiramente incomodado e o Sporting continuou a apostar nas transições ofensivas, agora ainda com mais espaço. A confiança dos 'leões' foi recompensada com o segundo golo: Tabata, acabado de entrar, serviu Esgaio, que cruzou para o remate de primeira de Pedro Gonçalves (69'), em zona frontal. O avançado, que havia bisado dias antes frente ao Besiktas, não marcava para o campeonato desde a visita ao SC Braga, na 2.ª jornada.

A equipa de Rúben Amorim estava mais confortável depois do 2-0, mas não tirou o pé do acelerador - André Ferreira foi conseguindo afastar o perigo - e ainda viu um golo anulado a Coates ao minuto 77, por fora de jogo de Nuno Santos. Não deu para mais, mas o objetivo do Sporting já estava cumprido.

O momento

Gonçalo Inácio desfaz o nulo: O Sporting reagiu da melhor forma ao nulo no intervalo e só precisou de dois minutos para festejar, com uma jogada bem ao seu gosto. Canto de Sarabia, Coates ganhou no coração da área e Gonçalo Inácio (47'), nas costas de João Pedro, emendou de cabeça para dentro da baliza. Desta vez o capitão não marcou, mas assistiu outro central para o seu segundo golo da temporada.

O melhor

Nuno Santos: Entrou para a posição de ala, o que permitiu ao Sporting muita dinâmica pelo flanco esquerdo. Bem na recuperação de bola e veloz na incursão para o ataque. Mostrou a Rúben Amorim que é uma mais-valia nesta estratégia.

O pior

Segunda parte do Paços de Ferreira: Acusou o 1-0 e a partir daí não teve capacidade para reagir e pressionar verdadeiramente o Sporting. Pelo contrário, acabou por abrir espaços na defesa, permitindo o segundo golo ao adversário.

Reações

Amorim elogia momento da equipa: "Estamos bem, isto dá-nos algum conforto", Gonçalo Inácio diz que a vitória foi justa

Jorge Simão diz que o Sporting foi melhor. Antunes considera que segundo golo condicionou estratégia