Um Paços de Ferreira dominador, mas curto no ataque e inseguro pelo último lugar na I Liga de futebol, empatou 0-0 na receção a um Rio Ave hoje pouco ambicioso, num encontro da 14.ª jornada.
Os locais, que interromperam uma série de três derrotas consecutivas, foram penalizados por um ataque pouco eficaz para as poucas oportunidades de golo criadas e garantiram o nono ponto, insuficiente para largarem a última posição, enquanto o Rio Ave, mais perigoso na segunda parte, isolou-se provisoriamente no nono lugar, com 17.
O guarda-redes Matías Degra foi a novidade no "onze" do Paços de Ferreira, por troca com António Filipe, relegado para o banco de suplentes, enquanto, no Rio Ave, Nuno Lopes, Tarantini e Joeano, este em estreia a titular, substituíram Lionn, Tiago Pinto e Hassan.
O Paços, fiel ao “4-3-3”, entrou melhor e assumiu as despesas do jogo, com processos simples: a equipa jogava a um ou dois toques, em lances "desenhados" quase sempre por Sérgio Oliveira, preferencialmente pela esquerda, e pressionava alto nas perdas de bola, retirando espaço ao adversário.
O Rio Ave, em “4-2-3-1”, tinha dificuldade em ter bola e a ligar o seu jogo, raramente conseguiu explorar as faixas laterais e Joeano, na frente, estava demasiado desacompanhado, retirando poder ao ataque, praticamente inexistente no primeiro tempo.
Ederson, aos 34 minutos, defendeu com dificuldade um livre de Manuel José, no lance maio perigoso de toda a primeira parte.
O Paços voltou a entrar melhor na segunda metade e Bebé, que substituiu Manuel José ao intervalo, podia ter desfeito a igualdade aos 47 minutos, mas o remate saiu por cima, após uma boa rotação sobre um adversário na área do Rio Ave.
A equipa pacense arriscava mais na procura do golo, mas abria espaços para o contra-ataque vila-condense, aproveitando a dificuldade de Sérgio Oliveira em recuperar e o maior adiantamento no terreno de Filipe Anunciação.
À exceção dos derradeiros cinco minutos, em que o Paços pressionou mais, mas com o coração a sobrepor-se à razão, foram mesmos os forasteiros a ficar perto da vitória, deixando a ideia de que uma estratégia mais audaz podia ter garantido mais pontos à formação de Nuno Espírito Santo.
O "suplente" Hassan cabeceou à trave da baliza de Degra, aos 80 minutos, na terceira intervenção perigosa no jogo, mas Braga e Edimar também chegaram a assustar o guarda-redes argentino do Paços.
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