O antigo futebolista internacional Simão Sabrosa atribuiu esta quinta-feira a causa da quebra de rendimento do Benfica ao cansaço de Pizzi e ao facto de os adversários saberem que a fase de construção passa toda pelo médio.
“O Pizzi fez o 13.º jogo consecutivo no Bonfim, é normal o cansaço, que é mais físico do que psicológico, porque ele tem marcado muitos golos. Há outro fator que é o de as equipas adversárias estudarem melhor o Benfica e saberem que a fase de construção passa toda pelo Pizzi, que passou a ter menos liberdade e a sofrer marcações mais ‘em cima’, a juntar ao cansaço com o acumular de minutos nas pernas”, explicou Simão Sabrosa durante lançamento da segunda edição da ‘Liga NOS PlayStation’, no Centro Cristóvão Colombo.
O antigo jogador dos ‘encarnados’ aponta ainda outra causa para a quebra do Benfica: “Joguei durante muitos anos e sei que o mês mais complicado é o de janeiro, quando já existe um acumular de muitos jogos e de cansaço. Quando eu jogava era o que mais custava a passar”.
De resto, elogia o treinador Rui Vitória, sobretudo pelo “excelente trabalho” que desenvolveu na fase inicial, “quando o Benfica tinha vários lesionados”, durante a qual “teve o mérito de encontrar soluções” para as ausências de alguns jogadores importantes.
“Curiosamente, agora que Rui Vitória tem o plantel todo disponível, não se vê o Benfica que víamos antes. Espero que o facto de ter todos os jogadores disponíveis se torne uma mais-valia, até porque a têm muita qualidade. Além disso, acredito que o treinador, que tem promovido alguma rotação, vai deixar de o fazer e pôr a jogar sempre os mesmos”, observou Simão Sabrosa, para quem “é importante que o Benfica, internamente, detete as causas que levaram a este momento de intranquilidade”.
Quanto à contratação do médio brasileiro Felipe Augusto ao Rio Ave não o surpreende: “É um bom jogador, com qualidade, que fez uma boa primeira meia volta. O Benfica precisa de médios que possam permitir aos que jogam habitualmente ‘respirarem’ um pouco. Os que foram utilizados na primeira volta acabaram por não ter influência e era sempre Pizzi, Pizzi, Pizzi... O André Horta ora jogava, ora lesionava-se e acabou por perder continuidade. É sempre bom ter jogadores que sejam mais-valia para a equipa”.
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