
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, agradeceu hoje o legado deixado por Fernando Gomes na Federação Portuguesa de Futebol (FPF), reconhecendo que Pedro Proença será líder de excelência.
O governante, responsável pela tutela do Desporto, expressou o “orgulho e alegria” pela presença na cerimónia de posse dos órgãos sociais eleitos no passado dia 14 de fevereiro, quando o antigo árbitro e até agora líder da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) venceu Nuno Lobo, que presidia à associação de Lisboa.
“Orgulho e alegria por participar num momento tão marcante da vida da FPF e na vida do futebol português, porque somos testemunhas do fim de um ciclo absolutamente notável do futebol e, atrevo-me a dizer, do desporto em Portugal. Os últimos 13 anos representaram um salto quântico no desenvolvimento da prática desportiva e futebolística, em particular, do nosso país”, começou por dizer, no discurso, Pedro Duarte.
O ministro destacou as “conquistas inesquecíveis das seleções, a afirmação galopante do futebol feminino e o despontar do futsal e do futebol de praia”, como os resultados visíveis dos três mandatos cumpridos por Gomes na FPF, enaltecendo ainda o profissionalismo empenhado na modalidade e na aposta nas infraestruturas.
“Por tantas vezes, [a FPF] substituiu e apoiou o Estado na promoção da igualdade de oportunidades e na promoção da tolerância e da igualdade nas nossas comunidades. Refiro-me, antes de tudo, ao excecional contributo cívico que fica como legado. Hoje respira-se melhor no futebol português”, vincou.
Pedro Duarte considerou que “o futebol é mesmo um exemplo” do país, “pelo valor que gera, pelos resultados que alcança e competência com que forma os atletas e promove as suas competições”.
“Queria, na pessoa do presidente Fernando Gomes, agradecer a todos pelo trabalho empreendido nos últimos 13 anos, mas queria, igualmente, realçar, a relevância deste momento, verdadeiramente histórico, porque sermos testemunhas desta transição de ciclo é um privilégio. No mesmo momento em que saudamos o legado, com as sementes germinadas, estamos no dealbar de uma nova fase, altamente promissora”, avisou.
Para o governante, “o projeto apresentado e as provas dadas” dos novos responsáveis federativos assegura que “passado vai ser honrado, mas novas ambições serão abraçadas e novas metas alcançadas”.
“Com o espírito empreendedor e a competência demonstrada, nos relvados e nos gabinetes, Pedro Proença vai ser um líder de excelência, afirmando o futebol português, cada vez mais, como uma potência global. Na linha do esforço que já desenvolveu na LPFP, estou certo que Pedro Proença vai ser o rosto do profissionalismo, do fair-play e da afirmação dos valores que definem o nosso desporto, o respeito pelo outro, a solidariedade e o patriotismo”, prosseguiu.
A terminar, Pedro Duarte reconheceu que a “FPF é uma marca que une Portugal” e, por ser “um ponto de encontro para todos os portugueses”, desejando “sucesso a todos os órgãos eleitos”.
Pouco depois, Pedro Proença foi investido como 32.º presidente da FPF, para o quadriénio 2024-2028, sucedendo a Fernando Gomes, 10 dias depois de derrotar Nuno Lobo, antigo líder da Associação de Futebol de Lisboa (AFL), nas eleições do organismo.
Juntamente com o antigo árbitro, foram empossados, na FPF Arena Portugal, em Oeiras, José Fontelas Gomes, líder do Conselho de Arbitragem (CA) nos últimos dois mandatos de Fernando Gomes, e os antigos futebolistas Toni, Domingos Paciência e Daniel Carriço, bem como Sofia Teles, Pedro Xavier e Horácio Antunes, das associações de Porto, Beja e Coimbra, Júlio Vieira, ex-líder da de Leiria e integrante da equipa de Gomes, e Sandra Costa Parente, à frente da empresa Liga Centralização.
O antigo secretário de Estado social-democrata Luís Campos Ferreira passou a liderar a Mesa da Assembleia Geral (MAG), que conta ainda com o socialista João Paulo Rebelo, ex-governante responsável pela pasta do Desporto, nas funções de secretário.
Luciano Gonçalves, que encabeçava a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), assumiu o CA, enquanto Ana Raquel Sismeiro a presidência do Conselho Fiscal (CF), cabendo a Sandra Oliveira e Silva, líder da Comissão de Instrutores da LPFP, o Conselho de Disciplina (CD), e a Luís Verde de Sousa a chefia do Conselho de Justiç
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