Em resposta, Leonel Pontes expressou: “Se ele consegue gerir não pagando às pessoas...”.
“Eu abdiquei de 10 por cento do salário em relação ao administrador anterior”, lembrou, referindo que recusou igualmente regalias como telefone ou viatura.
Já no decurso da discussão dos documentos da Leirisport, aprovados por unanimidade, o responsável manifestou desagrado por ter sido impedido pelo presidente da autarquia de prestar mais esclarecimentos face às dúvidas suscitadas pela oposição.
“Se o meu trabalho não vale nada, não ando aqui a fazer nada”, declarou Leonel Pontes.
A Leirisport, empresa que gere o estádio municipal e outras infra-estruturas desportivas e de lazer do concelho de Leiria, anunciou ainda que vai construir um campo de treinos.
À margem da reunião de hoje do executivo municipal, em que foi aprovado o orçamento e o plano de actividades para 2010 da empresa, Leonel Pontes explicou que o campo de treinos vai ficar junto ao Centro Nacional de Lançamentos e arranca logo que a Câmara disponibilize a verba para o investimento, de 120 mil euros.
“A responsabilidade da obra é da Leirisport. A Câmara Municipal vai fazer-nos o favor de adiantar o dinheiro”, adiantou, justificando o investimento por o estádio, só por si, não suportar a carga de treinos para a prática desportiva.
Leonel Pontes afirmou que o equipamento englobará, ainda, um pequeno campo “menos exigente” para ser usado por crianças e jovens de Leiria que não têm onde treinar.
O responsável disse que a utilização do futuro campo de treinos vai ser paga, com excepção do campo de menor dimensão, que será gratuito.
O presidente do conselho de administração da Leirisport esclareceu ainda que os encargos anuais do estádio municipal Dr. Magalhães Pessoa são superiores a um milhão de euros, acrescentando que o facto de não haver assistência nos jogos “onera e de que maneira” esta situação.
“Se o estádio tivesse adeptos, os custos eram muito menores”, anotou Leonel Pontes, admitindo, à semelhança do presidente da autarquia, que uma das possibilidades é a venda do equipamento.
Reconhecendo dificuldades na concretização desta hipótese, Leonel Pontes assegurou ter feito já contactos nesse sentido e concluiu que “ninguém quer vir para Leiria”.
“A quem se vende o estádio se não tem assistentes?”, perguntou, sustentando que na parte do estádio não concluída – o topo Norte – o objectivo passa pela sua rentabilização.
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