Rúben Amorim foi, durante a conferência de imprensa de antevisão do jogo de sexta-feira com o Marítimo, questionado por várias vezes sobre os novos reforços do Sporting, em especial Paulinho.
O treinador dos 'leões' fez questão de frisar a importância que este pode vir a ter para o clube, não só nesta temporada mas para o futuro.
"O Paulinho tem características que precisávamos. Já o disse. É o melhor número 9 do país, mas isso não lhe garante nada. Ele sabe disso. Por isso é que está cá. Não é preciso explicar-lhe tudo. Vai haver jogos para todos. Isto é para o projeto do Sporting. O Paulinho vem para aqui para muitos anos. Se calhar por isso é que fomos comprar um jogador tão caro com 28 anos. Queremo-lo aqui durante muitos anos para ajudar os outros a render", começou por afirmar.
Rúben Amorim diz que o Sporting não vai mudar com a chegada do antigo avançado do Sp.Braga, frisando apenas que este traz mais opções. "É mais um jogador do plantel e terá que trabalhar. Temos a nossa ideia, não mudamos nada, temos é características diferentes. Dá-nos mais opções, nada mais do que isso. Penso que não surpreende. Se o Paulinho surpreender os adversários... Dá-nos é mais soluções", sublinhou.
Importância da colaboração entre direção e equipa técnica
O elevado valor pago pelo Sporting para garantir Paulinho também motivo de conversa na conferência de imprensa. Rúben Amorim lembrou que há outros jogadores na I Liga cujas transferências também atingiram esses valores, vincou o facto de o Sporting querer contar com os melhores jogadores, lembrou que a saída de Vietto no início da época deu alguma folga financeira e salientou a importância da relação com a direção em todo este processo.
"Claro que a equipa técnica fica contente porque é um trabalho da direção, e foi difícil. Estamos a dar realce a um jogador importante e que bateu um recorde do Sporting, mas temos que ver tudo à volta. Não nos obriga a nada. É uma ideia falsa. Queríamos um jogador, contratámos e foi algo muito pensado. Quando o Vietto saiu, houve uma colaboração entre a equipa técnica e a direção. O que fazemos é planear as coisas com tempo", afirmou.
O treinador, contudo, faz questão de negar a ideia de que a vinda de um jogador por estes valores traga mais responsabilidades. "Agora, isso obriga-nos a alguma coisa? Quem é que joga com júniores? Quem é que tem mais jogadores da formação? Temos que olhar para tudo e não focar-nos num só caso. O Paulinho era jogador do Sporting de Braga, um internacional português, que o Sporting contratou. O Sporting é o Sporting, e queríamos o melhor avançado que podíamos ter, e, para mim, era o Paulinho. Não muda nada. O Paulinho tem que trabalhar para jogar, é mais um jogador da equipa do Sporting", concluiu.
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