O ex-futebolista português Rui Barros apelou hoje aos jovens luso-venezuelanos a manterem-se ligados às suas raízes portuguesas, manifestando querer ver mais luso-descendentes na seleção de Portugal.
«Estou esperançado em que os nascidos cá na Venezuela vão representar a nossa seleção. Espero que ainda haja mais jogadores luso-descendentes representando a nossa seleção, que haja mais gente da Venezuela [como Danny] a jogar na nossa seleção», disse.
Rui Barros está na Venezuela, a convite da direção da Filial 43 do FC Porto, que no último domingo celebrou o 12.º aniversário, com uma festa que reuniu mais de 600 pessoas, no Centro Português de Caracas.
Em declarações à agência Lusa, explicou que os jovens têm as suas vidas na Venezuela, «mas nunca devem deixar de lembrar e de ser também portugueses».
«É importante estarem ligados às suas raízes», sublinhou, deixando também a mensagem para a comunidade portuguesa local de que continuem a manter a «amizade, carinho e solidariedade» que manifestam, sublinhando o facto de substituírem a rivalidade desportiva pela convivência.
Por outro lado elogiou a estrutura e dimensão do Centro Português de Caracas e congratulou-se com o anúncio feito pelo presidente do FC Porto, Pinto da Costa, através de uma mensagem em vídeo, de que aquela filial será galardoada este mês com Dragão de Ouro.
«Esta casa (filial do FC Porto), na Venezuela, é merecedora, é uma coisa extraordinária aquilo que fazem a milhares e milhares de quilómetros do nosso país», disse Rui Barros.
O presidente da núcleo local do FC Porto, Sílvio dos Santos, explicou aquela filial surgiu em 1994, por iniciativa de um grupo de quatro amigos.
«Éramos um grupo reduzido, começámos a organizar a festa de São João e de São Martinho. Em 1999 trouxemos uma grande figura como o Fernando Gomes. A nossa aposta era ter aqui uma associação social sem fins de lucro com os objetivos de manter e promover as nossas tradições e costumes», explicou.
Aquele responsável revelou que, tendo em conta que Pinto da Costa «é o dirigente desportivo com mais títulos do mundo, que nos últimos 30 anos conseguiu mais de 360 conquistas, em todas as modalidades», os portistas da Venezuela «tomaram a iniciativa de o propor para os recordes do Guiness Book».
«Conseguimos as verbas e estamos à espera que analisem a proposta e nos deem uma resposta», frisou.
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