A SAD do Beira-Mar foi alvo de um novo arresto, na sequência de um processo interposto pelo clube aveirense, informou hoje o presidente do Beira-Mar, António Regala.
«O tribunal arrestou todos os passes dos jogadores e todas as receitas futuras da SAD até ao montante total de cerca de três milhões de euros», disse à agência Lusa, António Regala.
Em causa está o incumprimento de Majid Pishyar, acionista maioritário da SAD do clube de Aveiro, no que diz respeito à liquidação do passivo do clube, tal como estava acordado.
Segundo António Regala, o valor dos bens arrestados corresponde ao passivo do Beira-Mar, menos 500 mil euros que o investidor iraniano já havia emprestado ao clube antes da criação da SAD.
«Era uma situação que queríamos evitar, mas que teve de acontecer, devido ao incumprimento dos acordos feitos na altura da criação da SAD e ao silêncio do senhor Pishyar», afirmou o presidente do Beira-Mar.
Há cerca de dois meses, a direção do Beira-Mar já tinha prometido acionar «todos os mecanismos legais» contra a sociedade comercial de Majid Pishyar, tendo em conta a «defesa legítima e intransigente dos seus direitos».
No espaço de um mês, a SAD do Beira-Mar, equipa que foi despromovida à segunda liga portuguesa, foi alvo de dois arrestos.
O primeiro foi decretado no início de maio, na sequência de uma ação interposta pelo ex-presidente do Beira-Mar Mano Nunes, que reclama créditos no valor de cerca de 80 mil euros.
O antigo dirigente queixou-se na sua página na rede social Facebook de estar a ser lesado pelo não cumprimento do acordo para a constituição da SAD por parte do investidor iraniano, nomeadamente, de saldar a dívida do clube.
«O incumprimento do investidor, a quem foram entregues as receitas das vendas de jogadores, já me levou a ter que pagar alguns milhares de euros ao banco por conta de dívidas do Beira-Mar que avalizei pessoalmente quando fui dirigente», escreveu Mano Nunes.
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