O presidente do clube de Olhão, Isidoro Sousa, confirmou o impasse, depois de dois encontros com a equipa técnica, e adiantou que, no jogo particular de sábado com o Louletano, Conceição poderá estar no banco.
«Alguém vai dirigir a equipa, nomeadamente a equipa técnica, que tem contrato com o clube. Tudo indica que será Sérgio Conceição a subir ao relvado, uma vez que não há acordo para a saída», disse.
«Não está nada decidido. Não posso adiantar mais nada. Para já, sou técnico do Olhanense. Há uma situação que estamos a falar e vamos tentar resolver da melhor maneira", comentou, por seu lado, Sérgio Conceição, após o encontro com os dirigentes dos "rubronegros"», no Estádio José Arcanjo.
O técnico dirigiu-se à comunicação social «para repor a verdade» sobre algumas situações e, apesar de ter confirmado «uma discussão» com o presidente do clube antes de um treino marcado para quinta-feira, disse que o episódio foi empolado.
«Aquilo que se passou foi um pequeno episódio. Não fui informado da reunião do presidente com os jogadores, queria iniciar o treino e não tinha jogadores. Daí surgiu uma pequena discussão entre duas pessoas civilizadas e não aquilo que saiu nos jornais», afirmou Sérgio Conceição.
«Como a sala do presidente é junta ao bar do estádio, que é público, se calhar alguns jornalistas informaram-se não muito bem sobre o que se passou», acrescentou o técnico.
Sérgio Conceição deixou ainda claro que compreende «a realidade» do clube e as suas dificuldades económicas, frisando: «Aquilo que pedi não é nada demais e faz parte daquilo que o Olhanense é capaz de pagar».
O treinador sublinhou que, face à base da época passada, quatro atletas que saíram podiam ter ficado «se as negociações tivessem acontecido de outra forma», salientando ainda que o único jogador que pediu foi o somali Abdi, «que ganha menos de cinco mil euros».
Sérgio Conceição revelou ainda que contactou o diretor-geral do Sporting, Carlos Freitas, e o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, para os "sensibilizar" a que emprestassem «jogadores das respetivas equipas B, suportando metade do ordenado».
Sobre a negociação para a sua saída, o técnico que chegou a Olhão em janeiro disse que não está em causa a verba que poderá receber.
«Na minha vida, o dinheiro nunca foi o mais importante, o mais importante são os valores e os princípios das pessoas. Eu e a restante equipa técnica temos contrato por mais um ano e, quando houver uma decisão para continuar ou não, isso será comunicado», concluiu.
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