O treinador do Boavista afirmou esta sexta-feira que tem faltado "uma pontinha de sorte" e eficácia, esperando que esta "possa aparecer" já na receção ao Moreirense, domingo, na sétima jornada da I Liga portuguesa de futebol.

Erwin Sánchez referiu que não pretende "arranjar desculpas" para o facto de os axadrezados terem apenas cinco pontos, fruto de uma vitória, dois empates e três derrotas, mas considerou que o Boavista também não tem feliz.

"Principalmente, não a tivemos no jogo com o Feirense, em casa (derrota por 1-2), mas andamos à procura dela e sorte procura-se com trabalho, dedicação, que são ingredientes que temos", salientou.

O Boavista vem de três desaires consecutivos e Sánchez recordou que os treinadores dependem dos resultados, realçando ainda que "a pressão vai existir sempre".

"Estamos habituados a viver com ela, mas também é verdade que ninguém trabalha para perder e muitas vezes somos julgados só por causa dos resultados", que, em sua opinião, por vezes, não estão de acordo com o trabalho efetuado durante a semana.

O técnico ‘axadrezado’ disse esperar que a equipa tenha a eficácia desejada. "Às vezes, atacamos muito, podemos marcar e sofremos um contra-ataque e sofremos um golo", argumentou.

"Ainda não temos aquele equilíbrio que nos permita ter um caudal ofensivo para podermos ser mais concretizadores nas oportunidades que temos em cada jogo, mas andamos à procura disso e vamos ver se neste jogo ela pode aparecer", afirmou.

Sánchez falou ainda da ausência do atacante croata Lovro Medic, reforço desta época, referindo que a língua é um "problema muito complicado".

"Não estamos a falar de trabalho. Ele trabalha muito bem", ressalvou.

O Moreirense também não está num posição confortável, mas Sánchez disse estar "mais preocupado" com a sua equipa.

"Temos muitas coisas para pensar e tratar e é isso que estamos a fazer. Se fizermos tudo aquilo que sabemos, podemos e devemos fazer, sem dúvida que estaremos mais perto das vitórias que esta equipa e o clube merecem", reforçou.

O treinador especificou que a equipa não pode marcar e a seguir sofrer golos. "Às vezes arriscamos muito e temos desperdiçado alguns pontos. Estamos à procura desse equilíbrio", referiu, dizendo que este é um problema da equipa e não só da defesa.

Sánchez garantiu ainda que o guarda-redes internacional azeri Kamran Aghayev vai manter a titularidade, apesar do erro num dos golos do FC Porto, na sua estreia na ronda anterior.

"O Mika já não está e o segundo, por norma, devia ser o [Mamdou] Ba, que teve essa oportunidade. Não podemos crucificar um jogador por um jogo. Tentamos procurar o melhor para equipa. Demos oportunidade ao [Mikalel] Meira" e entretanto "foi contratado o Aghayev, um jogador de seleção", historiou.

O próximo adversário é "uma equipa de ataque e que tenta jogar bem", avaliou Sánchez, considerando que a primeira "obrigação" da sua equipa é "trabalhar e dar o máximo dos máximos em todos os jogos".

O Boavista, 14º, com cinco pontos, recebe domingo, às 18h00, o Moreirense, 15.ª com quatro, num jogo da sétima jornada da I Liga portuguesa de futebol, que será arbitrado por Jorge Ferreira, da Associação de Futebol de Braga.