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Sócios manifestaram todo o seu apoio e solidariedade à direção.
Os sócios do Arouca, reunidos no sábado em Assembleia-Geral, manifestaram solidariedade com a direção e apelaram ao diálogo com a Câmara Municipal, segundo comunicado divulgado hoje pelo clube.
Na sua nota, o clube refere que "os sócios manifestaram todo o seu apoio e solidariedade" à direção e apontam o caminho do diálogo.
"Tendo consciência de que a situação atual entre a Câmara Municipal e o clube em nada dignificam o bom nome das instituições, das pessoas envolvidas e do próprio concelho. Os associados apelam ao diálogo, de modo a que as partes envolvidas aceitem cedências e que impere o bom senso na resolução de todas as divergências, para que o Arouca e os arouquenses saiam vencedores", lê-se no documento.
Entre os argumentos dos associados está a projeção que o futebol tem feito ao concelho de Arouca, "levando a patamares de divulgação nacional e internacional nunca antes alcançados".
Esta divulgação não é contestada pelo presidente da Câmara Municipal. Artur Neves garantiu à Lusa que "a Câmara Municipal não quer que o clube saia do estádio" e que está "disponível para dizer isso aos sócios".
"Estou disponível para dialogar, como estive sempre até agora. Aquilo que não posso fazer é ultrapassar a lei, que é clara, por muito que eu esteja em desacordo com ela, porque o Governo da nação pode apoiar a nossa seleção nacional e nós, Câmara Municipal, não podemos apoiar o clube de futebol que tanto tem feito pela divulgação do nosso concelho", explicou o autarca.
Em novembro do ano passado, a Câmara deliberou fazer alterações ao protocolo que tinha com o clube, alegando mudança de personalidade jurídica do Arouca, de associação para sociedade desportiva unipessoal por quotas. O novo contrato prevê que o clube pague uma renda anual de aproximadamente 6.000 euros mais IVA, e suporte o pagamento da água, luz, gás e a manutenção das instalações, até aqui a cargo da Câmara.
No passado dia 5 de março, em reunião camarária, o executivo municipal decidiu recorrer aos tribunais para obrigar o clube a entregar as instalações ou a acatar o novo protocolo.
O comunicado que saiu da assembleia-geral de sócios, assinado por grande parte dos presentes, deve agora ser encaminhado para o presidente da Câmara Municipal.
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