O Sporting venceu, este sábado, o Rio Ave por 3-0, numa exibição contundente dos campeões nacionais, no regresso às vitórias fora de casa. Aderlan Santos (pb), Hjulmand, de grande penalidade, e Viktor Gyokeres, que foi aposta para os minutos finais, fizeram os golos dos verdes e brancos, que assim regressam à liderança isolada do campeonato.

Era uma das curiosidades da partida, perceber de que forma este Sporting poderia responder à ausência de Viktor Gyokeres, que se sentou no banco de suplentes no arranque da partida em Vila do Conde. O Benfica tinha vencido na véspera, exibiu qualidade, e o triunfo na Luz precisava de resposta de campeão nacional, ainda por cima num terreno 'maldito' para os emblemas da Primeira Liga. Há um ano e três meses, numa série de 20 jogos, que os rioavistas não perdiam nos arcos.

Veja as melhores fotos da partida

Mesmo sem poder contar com o sueco, até ao minuto 81´, o Sporting dominou a partida, com um onze em que Rui Borges promoveu cinco alterações: Rui Silva, oficializado durante a semana, entrou diretamente para a baliza, juntando-se a Fresneda, Gonçalo Inácio, Debast e Conrad Harder. Para além do nórdico saíram Quaresma, St. Juste, João Simões e Franco Israel.

Em confronto, o 4-3-3 de Petit, e 4-4-2 do Sporting, num ataque verde e branco com mais profundidade e um central a jogar a médio, Debast juntou-se a Hjulmand no miolo. Sporting disposto numa linha de quatro, mas numa construção a três com o belga a baixar para ao eixo defensivo na saída.

Muito pressionante sobre a saída de bola dos riavistas, o Sporting entrou no jogo praticamente a vencer, e chegou ao golo à passagem do minuto quatro. Cruzamento na esquerda, Aderllan Santos atrapalhou-se e colocou o esférico da própria baliza, perante a pressão de Fresneda.

A equipa verde e branca ativava a pressão do lado esquerdo e mostrava-se muito forte na recuperação de bola. Hjulmand também beneficiava da posição de Debast para aparecer em zonas de finalização. Ao minuto 10´, os verdes e brancos dispuseram em lances seguidos, de duas boas oportunidades para dilatar. Numa transição, Harder apareceu a finalizar, mas estava lá Mistza a evitar o golo. Na resposta, Hjulmand rodopiou sobre um adversário e disparou com o guardião polaco a parar o esférico. Ao minuto 19, os leões beneficiaram de uma grande penalidade. Luís Godinho viu braço da bola de Petrasso numa posição 'não natural' e assinalou para a marca dos 11 metros. Na conversão, o médio dinamarquês Morten Hjulmand não deu qualquer hipótese ao guarda-redes polaco do Rio Ave.

A primeiro ação de ataque do Rio Ave só teve lugar ao minuto 35, na primeira vez em que Rui Silva agarrou o esférico, para se perceber o nível de domínio do Sporting na partida. Quando não construía através de passes curtos e triangulações, os verdes procuravam a profundidade com as bolas longas de Debast, que descobriam os colegas da frente.

A vantagem do campeão nacional só pecava por escassa. Ao minuto 37, Quenda recebeu a bola e disparou ao ferro. Dois minutos volvidos, e o guardião da equipa de Petit voltou a brilhar, numa grande estirada a disparo de Harder. Era ele que ia aguentando o Rio Ave no jogo.

Os leões desperdiçavam demasiado, não conseguindo colocar-se com uma margem suficientemente confortável para encararem com outra tranquilidade a partida. O Sporting já tinha sentido isso em Guimarães, mas a atitude e a dinâmica era diferente, sempre com o pé no acelerador, a olhar para a baliza.

Pedia-se também mais ao Rio Ave para a segunda parte, caso pretendesse manter a invencibilidade em casa. Petit lançou, para os segundos 45 minutos, Martim Neto para o lugar de João Novais, mas a partida mantinha a toada, Sporting dominador, a somar oportunidades atrás de oportunidades, mas a não conseguir fazer um eventual terceiro golo que colocasse um tampão no jogo.

O principal obstáculo continuava a ser Mistza. O polaco negava o golo a Hjulmand, Trincão, e por várias vezes a Harder que desesperava no intuito de também fazer o seu golo. Aos 67´, perante o polaco, falhou na cara do golo, assistido com primor por Catamo. Minutos depois até atrapalhou Trincão tamanha era a ânsia em fazer o golo. Ao minuto 81, regressava Dani Bragança aos relvados e Gyokeres, também ele teria oportunidade, apesar das limitações para fazer o golo da praxe. Logo que entrou, o sueco insurgiu-se e disparou ao lado.

Só que Gyokeres é Gyokeres, e os outros são os outros e o sueco haveria de deixar a sua marca com o terceiro golo dos verdes e brancos. Jogada dos recém entrados, Bragança descobriu o sueco, que descaído, atirou em arco de forma portentosa para o fundo da baliza, no quarto jogo a marcar para o dianteiro.

Em cima dos descontos, Dani tentou novamente servir o avançado, que disparou ao poste, com Mistza ainda a tocar na bola.

Sporting soma agora 44 pontos, mais três que o Benfica, e está de regresso à liderança isolada.

Veja aqui o resumo da partida