Um dérbi minhoto com deve ser. Bem disputado (mais na primeira parte do que na segunda), intenso (mais na primeira parte do que na segunda) e agressivo (mais na segunda parte do que na primeira). Só ficaram a faltar os golos.
Uma primeira parte muito bem disputada e bastante curiosa, uma vez que as duas equipas pareciam estar constantemente em contra-ataque, tal era a velocidade que imprimiam, que mais parecia um encontro de pingue pongue.
Foram 45 minutos agitados, com o SC Braga a entrar muito competente perante os seus adeptos, graças aos bons movimentos de Rafa e Éder. Durante os primeiros dez minutos, a equipa comandada por Sérgio Conceição conseguiu encostar o Vitória de Guimarães contra a parede.
Contudo, o primeiro sinal de perigo surgiu da parte dos homens que ontem vestiam de preto. O guarda-redes Matheus fez a primeira grande defesa da noite, à queima-roupa.
O SC Braga não se assustou com o remate de Alex e voltou à carga. Só mesmo o choque entre Pedro Tiba e Alvez é que fez abrandar o ritmo, levando mesmo o o avançado vitoriano a abandonar a partida.
A equipa arsenalista tinha posse de bola, mas quando a formação orientada por Rui Vitória chegava perto da baliza de Matheus os adeptos presentes nas bancadas, numa noite gelada, colocavam as mãos na cabeça. Antes do intervalo, Hernâni e Bernard quase marcavam.
Na segunda parte a história foi outra. A intensidade do futebol deu lugar à agressividade. A tensão tomou conta do jogo e o árbitro Carlos Xistra mostrou dez cartões amarelos, sendo dois duplos amarelos e um cartão vermelho direto. De salientar que Xistra foi ao bolso apenas uma vez para tirar um cartão durante a primeira parte.
Os últimos minutos (entre 88’ e 91’) é que foram os mais quezilentos, com três expulsões: Bruno Gaspar e Hernâni, do Vitória, viram o segundo amarelo, enquanto Salvador Agra foi expulso com cartão vermelho direto por alegada agressão (inexistente) a Hernâni.
Em tempo de descontos, o SC Braga esteve muito perto de marcar, num cabeceamento de Rafa, mas a bola foi à malha lateral.
No total, foram três remates à baliza para cada lado e 52% de posse de bola para a equipa da casa.
Uma divisão de pontos (justa) que teve muitos implicações na tabela classificativa da I Liga. O Vitória de Guimarães, que vinha de cinco vitórias consecutivas para o campeonato, perde o segundo lugar para o FC Porto. Já SC Braga, que em caso de vitória iria ultrapassar o Sporting e instalar na quarta posição, permanece no mesmo lugar, no quinto.
Um resultado que Sérgio Conceição achou justo. Rui Vitória afirmou que “a haver um vencedor seria o Vitória de Guimarães“. Pelo que se viu dentro de campo, o empate assentou que nem uma luva a este dérbi minhoto.
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