Estas contas têm de ser feitas convertendo as vitórias para três pontos, já que esta “fórmula” apenas foi introduzida em 1995/96 e, desde então, nunca o Benfica passou a quadra com vantagem semelhante.
Os actuais quatro pontos de avanço sobre os “dragões” são o maior avanço desde os 1993/94, época em que os “encarnados”, de Toni, atingiram o Natal com 21 pontos (30 com as vitórias a três), contra 17 (23) dos “azuis e brancos”, liderados pelo croata Tomislav Ivic.
A três pontos por vitória, e concluída a 13.ª ronda, a diferença seria, então, de sete pontos, mas o FC Porto, terceiro (o Sporting seguia em segundo), tinha, então, um jogo em atraso, que acabou por vencer (4-1 ao União da Madeira, a 05 de Janeiro de 1994).
Depois de ter dobrado esse Natal à frente dos “dragões”, o Benfica só voltou a conseguir semelhante proeza... a época passada, ao concluir a 12.ª ronda com 26 pontos, contra 24 dos “dragões”, terceiros, com a mesma pontuação do Leixões, surpreendente segundo colocado.
No que respeita ao Sporting, é preciso recuar mais de duas décadas para encontrar, à passagem pela quadra natalícia, uma vantagem igual ou superior aos actuais 12 pontos (33 contra 21) que separam as “águias” dos “leões”.
Em 1988/89, época em que venceram o campeonato, com duas escassas derrotas em 38 encontros, também sob o comando de Toni, os “encarnados” atingiram 25 de Dezembro com 30 pontos (convertidos a 42 se as vitórias valessem três pontos), contra 22 (29) do Sporting, do uruguaio Pedro Rocha.
Nessa temporada, o Benfica viria a perder os dois jogos a seguir ao Natal (1-2 com o Boavista, na Maia, a 31 de Dezembro e 0-1 em Penafiel, a 08 de Janeiro), mas, depois, foi invencível nos derradeiros 18 jogos (15 vitórias e três empates, um deles nas Antas, a zero).
Depois dessa época, o melhor que o Benfica conseguiu foi chegar ao Natal seis pontos à frente do Sporting (30 contra 24 - o FC Porto liderava, com 35), em 1996/97, quando estavam disputadas 13 jornadas.
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