O membro do Conselho Leonino Zeferino Boal disse hoje à agência Lusa que o Sporting vai entrar em novo período eleitoral sem uma discussão séria sobre o futuro clube e aguarda esclarecimentos dos órgãos sociais na reunião de terça-feira.
«Primeiro, quero dizer que imperou o bom senso e a sensatez para não ocorrer a Assembleia Geral [de 09 de fevereiro]. Eu defendi no Conselho Leonino, no dia 28 de novembro, um debate sério para se apontar caminhos para o clube, mas o Conselho Leonino não o quis assumir e agora vamos entrar em novo processo eleitoral e não se discute o clube», afirmou à Lusa.
Na sequência do anúncio, hoje, da demissão dos órgãos sociais do Sporting e marcação de eleições para 23 de março, o ex-dirigente “leonino” referiu que estavam em conflito dois órgãos no clube, Conselho Diretivo e mesa da Assembleia Geral, e que temia uma Assembleia Geral num quadro em que não existia alguém para mediar.
«Agora estamos nesta paz podre, em que enterraram o machado de guerra e decidiram avançar para um cenário de eleições, feito num momento sem se discutir o clube. Por exemplo, é preciso saber qual o modelo para o futebol, e não é assim, num período de campanha, que se faz uma discussão de forma séria», defendeu.
Zeferino Boal disse ainda que vai aguardar por explicações dos órgãos sociais na reunião do Conselho Leonino de terça-feira.
«Vou aguardar por esclarecimentos no Conselho Leonino, por em 48 horas tudo se ter alterado. Quero ouvir e têm de esclarecer os conselheiros», salientou.
Sobre à possibilidade de avançar com uma candidatura, Zeferino Boal revelou já ter feito alguns contactos e diz que está em reflexão.
«Cheguei há pouco do estrangeiro, onde estive em reuniões para possíveis apoios, como no caso de Angola, e agora estou a refletir», concluiu.
A demissão foi tomada numa reunião em que estiveram os presidentes do Conselho Diretivo, Luiz Godinho Lopes, do Conselho Fiscal e Disciplinar, João Mello Franco, e da Mesa da Assembleia Geral, Eduardo Barroso, que tinha marcado para 9 de fevereiro uma reunião magna com o objetivo de destituir a direção.
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