O Sporting da Covilhã aprovou na quinta-feira, em Assembleia-Geral, com duas abstenções, o Relatório e Contas referente ao exercício de 2010/11, com um resultado líquido negativo de 105 mil euros.
Em vez dos 180 euros de subsídio inicialmente acordados, a edilidade entregou metade. Os restantes 90 mil teriam de ser recebidos através de um empréstimo bancário, mas o emblema serrano não conseguiu o aval de nenhum banco.
A par da «drástica redução» nos subsídios, também os patrocínios caíram para mais de metade, as receitas de bilheteira sofreram um decréscimo acentuado e a Braga Parque deixou de explorar o silo do clube.
O passivo dos "leões da serra" aumentou 124 mil euros e cifra-se agora nos 700 mil euros.
José Mendes diz não se rever no resultado negativo e sublinha que nos últimos sete anos, desde que tomou posse, sempre apresentou resultados positivos.
«Hoje, infelizmente, isso não aconteceu. Não porque gastámos mais do que o orçamento, mas porque uma parte da receita não entrou no clube como estava programado», salienta o presidente, embora mostre compreensão pela posição da Câmara da Covilhã.
O líder do clube da Liga de Honra em futebol foi claro: «A esta direção ninguém dá lições de poupança», realçou, após explicar que os gastos, nomeadamente os custos com os salários, que representam metade dos encargos do clube, sofreram reduções.
«Tudo faremos para reequilibrar o clube em termos financeiros», acentua José Mendes, adianta que, para isso, até poderá sacrificar a permanência da equipa na Liga de Honra.
O presidente serrano disse que todos os clubes do mesmo escalão «estão asfixiados» e nota que muitos têm ordenados em atraso. Para já o Sporting da Covilhã continua a cumprir atempadamente as suas obrigações, mas José Mendes adianta não poder garantir que vá continuar a ser assim.
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