O presidente do Freamunde, Manuel Pacheco, considerou esta segunda-feira que o alargamento de clubes na Liga portuguesa de futebol é vantajoso, mas disse ser contra a realização de qualquer "liguilha" para definir promoções e descidas.
«O Freamunde está claramente a favor do alargamento, por pensarmos que, com mais duas equipas por campeonato, haverá mais competitividade, mais jogos e empregos e menos paragens», disse Manuel Pacheco, em declarações à agência Lusa.
O presidente do clube da Liga de Honra de futebol disse que a inexistência de descidas, conforme proposta inicial da Assembleia-Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), não atenta contra a verdade desportiva, considerando que a disputa de uma “liguilha” favorece os clubes da Liga.
«A ‘liguilha’ não me diz nada, até porque os últimos da Liga têm todas as vantagens numa disputa direta com o terceiro e quarto classificados da Honra. Para mim, ou há alargamento ou não há, na certeza de que ninguém quer ficar em último ou garantir a permanência pelo alargamento», explicou.
Para Manuel Pacheco, «a verdade desportiva resulta sempre do que se passa dentro das quatro linhas, com três equipas a tentarem dar o seu melhor», acrescentando que a entrada dos "grandes" na Liga de Honra «cria sempre boas expetativas» e, «à partida, haverá mais receitas».
A questão financeira é outro dos aspetos que o presidente do Freamunde diz estar em cima da mesa das negociações dos clubes da Liga e da Honra que estão solidários com o presidente da LPFP, garantindo que «a paralisação dos campeonatos será sempre uma das últimas opções».
Manuel Pacheco diz que os clubes pretendem «chegar a acordos solidários», precisando que um desses entendimentos deve passar por «uma mais justa redistribuição das receitas televisivas».
«Não queremos tirar nada a ninguém, mas pergunto como é que os clubes da Honra podem ir às compras com 150 mil euros de receitas, quando os ‘grandes' recebem tantos milhões. Mesmo no seio da Liga, há quem receba muito, mas a maioria não vai além de 1,8 milhões. Acho que a verdade desportiva também passa por isto», referiu.
O presidente do Freamunde pediu ainda mais atenção do Estado para um ramo da economia que «emprega muita gente e que, com muita dificuldade, cumpre as suas obrigações fiscais», e anunciou como um dos objetivos «conseguir no imediato, ou em dois anos, 500 mil euros de receitas televisivas por época para os clubes da Honra».
A sete jornadas do final da Liga de Honra, o Freamunde ocupa a 14.ª posição, com 25 pontos, os mesmos do Sporting da Covilhã, no 15.º lugar e já em zona de despromoção.
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