Os algarvios, que estão provisoriamente no segundo posto, com 23 pontos, voltam a perder pontos na luta pelos primeiros lugares e podem ver os seus principais rivais (Santa Clara, 24 pontos, Beira-Mar, 23, e Feirense, 21) descolar na tabela nos encontros de domingo.
Os varzinistas, que pela falta de condições de segurança do seu estádio jogaram em casa emprestada - no Municipal de Barcelos - até disfarçaram os problemas extra-desportivos da semana, após as ameaças de greve devido a salários em atraso, mas pecaram na finalização e somaram o sétimo jogo sem vencer.
Já os algarvios, com uma pálida exibição, mostraram falta de ambição ofensiva, colocando em risco o 3º posto na tabela classificativa.
Os poveiros entraram melhor no jogo, assumindo o controlo do meio-campo e exercendo uma maior pressão sobre um Portimonense na expectativa.
Os algarvios tentavam espreitar o contra-ataque, explorando a velocidade de Pires e Ivanildo, mas no capítulo do remate revelavam muitas carências.
Com naturalidade, a equipa nortenha criou a primeira oportunidade do encontro, ainda antes do quarto de hora, quando Lelo chegou atrasado a um soberbo passe de Ruben Saldanha.
O ascendente dos anfitriões tornava-se cada vez mais evidente, e à medida que o jogo caminhava para o intervalo Alê, guardião dos algarvios, assumia-se como o principal responsável para que nulo se mantivesse.
O guarda-redes brasileiro brilhou num par de ocasiões, oferecendo o corpo à bola, em lances onde Lelo e Bruno Moreira surgiram isolados.
Alê voltou a estar em destaque no início da segunda parte, novamente com uma defesa arrojada aos pés de Lelo. O lance voltou a sublinhar o domínio dos poveiros, que nesta etapa complementar acentuaram a pressão.
Os visitantes preocupavam-se então em defender e praticamente desapareceram em termos ofensivos, não construindo um único lance digno de registo neste segundo tempo.
Os varzinistas carregaram até ao último suspiro, mas a defensiva do Portimonense fez da coesão o seu maior argumento, segurando o precioso empate até ao final.
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