A audiência que estava marcada para esta manhã acabou por não se realizar, uma vez que o Varzim interpôs um requerimento a pedir a nulidade jurídica do processo, invocando que as deliberações que foram impugnadas já não se verificam, algo que acusação irá analisar, e, provavelmente, concordar.
Recorde-se que o grupo que interpôs a acção, em que se incluem o sócio número um, Américo Santos Graça, e os seus familiares Vasco Graça Oliveira e Rosamaria Graça Oliveira, pretendia impugnar uma assembleia-geral extraordinária, realizada a 17 de Março de 2007, em que foi dada autorização à direcção para negociar a compra dos terrenos do novo recinto e para alienar o campo de treinos, em troca de uma garantia bancária.
No entanto, o Plano de Pormenor da zona, aprovado recentemente pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, alterou várias condicionantes, fazendo com que o clube tenha de entregar um requerimento com novos dados.
“Entendo que o processo está ferido de inutilidade e por isso fiz um requerimento com os documentos relativos ao Plano de Pormenor, que na minha óptica vêem a tornar inócuo este processo. Nesse sentido, pedi a inutilidade o que aliás foi reconhecido pela outra parte”, disse João Viana, advogado do Varzim.
Perante este cenário, o advogado dos três associados, Trocado Moreira, pediu algum tempo para analisar o documento, mas reconheceu que, com estes dados, o processo deixa de ter sentido.
“O processo fica praticamente sem objecto, porque uma das deliberações impugnadas era a venda dos terrenos do campo de treinos, algo que Varzim não vai executar, pois não precisa dessa garantia para comprar os terrenos para o novo estádio”, disse o causídico.
Entretanto, mesmo sem este processo estar definitivamente resolvido, o Varzim continua a desenvolver diligências para a construção do novo recinto desportivo, cujas obras devem começar no início do próximo ano.
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