O Sporting da Covilhã tem um orçamento a rondar os 800 mil euros para a próxima temporada, adiantou hoje o presidente, José Mendes, à agência Lusa.
O dirigente acentua ser um "orçamento reduzido" e frisa que, por ter por princípio honrar os compromissos e não ficar a dever, para além de outros clubes terem disponíveis verbas muito superiores, esse valor não permite ao clube assumir-se como candidato à subida.
"Para subirmos de divisão era preciso mais dinheiro, mais apoios da cidade, dos empresários, de toda a gente. Nós só vamos dando passos consoante o que temos. Já são 13 anos como presidente. Já toda a gente sabe que eu faço os orçamentos em função do dinheiro que é possível termos e nunca invento. É por isso que em todos os exercícios normalmente há lucro no Sporting Clube da Covilhã", salientou José Mendes.
Segundo o presidente, ter as contas em dia é fundamental e salienta que nenhum jogador ou treinador foi embora da Covilhã no final da época sem ter recebido "até ao último tostão". Um caminho que frisa querer seguir, sem pôr em causa o equilíbrio financeiro do clube.
"Toda a gente sabe que eu gostava de subir este clube, mas com os pés bem assentes no chão. Não posso é assumir que vou subir de divisão com 700 ou 800 mil euros, quando há orçamentos de milhões e que têm muitos e outros apoios que nós não temos", vincou.
O dirigente manifestou-se "muito grato" à Câmara da Covilhã por todo o apoio logístico que tem prestado ao longo dos anos, nomeadamente a cedência de infraestruturas, como o Complexo Desportivo da cidade, onde os serranos treinam e onde vão jogar nas primeiras jornadas.
José Mendes reforçou estar "muito agradecido a quem apoia o clube", mas lembrou que a autarquia não dá qualquer ajuda financeira há quatro anos, acreditando que a edilidade vai, quando tiver condições, compensar "o mérito do trabalho feito na formação", para que, com mais recursos, possam surgir novos valores para reforçar a equipa principal.
"Até ao momento não têm chegado ao Sporting da Covilhã essas verbas, mas estou consciente das dificuldades que a câmara tem tido até à data e também tenho a certeza, e a promessa do presidente da câmara, de ajudar futuramente o SCC, de apoiar no futuro no que não nos tem apoiado e sermos ressarcidos dessa verba que têm tido de apoio outros clubes", acentuou o presidente dos ‘leões da serra’.
Segundo José Mendes o clube tem 200 crianças e jovens nos escalões de formação e "falta outro tipo de trabalho" para que mais jogadores formados no clube possam alimentar o plantel principal, como aconteceu este ano como o defesa Reigones, que assinou contrato profissional.
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