A seleção nacional de Angola garantiu no domingo a qualificação para o Campeonato Africano das Nações, a ter lugar em 2013 na África do Sul. Djalma Campos foi o homem do jogo.
Djalma Campos: Voltou a ser decisivo na segunda mão frente ao Zimbábwe. Depois de ter apontado golo angolano na primeira mão, em Harare, Djalma serviu Manucho Gonçalves duas vezes, aos quatro e seis minutos, para os golos que garantiram a presença dos "palancas" no CAN2013.
Demonstrou muita maturidade e fez jogar a seleção nacional. Queria dar mais golos, mas os colegas não estavam sincronizados com ele. Num lance individual, aos 61, passou pela defesa contrária e serviu Manucho Gonçalves que se deixou antecipar, assim como Mateus cinco minutos antes.
Lamá: Não teve muito trabalho. Aos 15 minutos fez a primeira e única defesa de realce, proporcionando o primeiro pontapé de canto do adversário. Quatro minutos depois complicou um lance simples e quase perdia a bola para o avançado zimbabweano na grande área. Teve tarde calma.
Lunguinha: Ao contrário do jogo da primeira mão, em que subiu muito no terreno e deixou a sua ala aberta, esteve bem defensivamente e ajudou os centrais. Não complicou o jogo e cumpriu com a sua missão.
Miguel: Subiu muito na primeira parte, moderou na segunda. Foi da sua ala (esquerda) onde saíram os principais lances de perigo do Zimbabwe. Falhou defensivamente.
Dany Massunguna: Mostrou intranquilidade nos minutos iniciais, mas acertou depois de 15 minutos. Entendeu-se com Zuela, até este ser substituído, e com Bastos. O craque zimbabweano, Khama Billiat, passou por ele apenas uma vez. Ofensivamente, obrigou o guarda-redes do Zimbabwe a uma defesa apertada com cabeceamento aos 40 minutos.
Zuela: Saiu lesionado aos 20 minutos, foi substituído por Bastos. No pouco tempo em campo mostrou-se seguro.
Bastos: Entrou aos 20 minutos e falhou nos dois primeiros lances. Depois de uma chamada do técnico Gustavo Ferrin, junto à linha, melhorou a exibição.
Pirolito: Formou tridente com Kivuvu e Dedé no meio campo e foi a melhor unidade do sector. Soube segurar a bola e passar, ao contrário dos dois companheiros. Mostrou desacerto com o sistema de jogo.
Kivuvu: Foi permissivo, deixou os zimbabweanos mandarem no centro do terreno mas teve dois cortes primorosos, uma na primeira e outro na segunda. Não esteve entrosado com os colegas da zona.
Dedé: Não cumpriu o seu papel de "distribuidor". Não conseguiu segurar a bola e fazer jogar a equipa. Aos 31 minutos levou, desnecessariamente, uma cartolina amarela. Foi substituído por Manuel aos 69 minutos.
Manuel: Entrou aos 69 minutos, para o lugar do apagado Dedé, e não trouxe nada de novo. Tentou dois passes em profundidade, mas falhou o alvo.
Mingo Bille: Em 15 minutos, deixou a marca no campo aos 87 minutos, quando passou, com mestria, por um defesa e cruzou para grande área. A jogada não teve o efeito desejado, mas ficou registado o pormenor.
Mateus: Teve os golos da tranquilidade nos seus pés. Aos 61 minutos chocou com o guarda-redes zimbabweano, depois de um passe de Djalma, e de seguida, isolado, rematou para defesa de Sibanda. Nos últimos 20 minutos "rebentou" fisicamente.
Manucho Gonçalves: Teve problemas no posicionamento. Não ajudou a defender, mas marcou os dois golos que garantiram a qualificação. Aos quatro e cinco minutos de cabeça "escreveu" a história do jogo. Poderia ter feito mais, mas fez o essencial para ser, a par de Djalma, um dos heróis do encontro.
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