O treinador de guarda-redes do 1º de Agosto de Angola está disponível para trabalhar com a seleção cabo-verdiana de futebol.
Hélder Cruz é cabo-verdiano mas está em Angola há vários anos, ele que foi colega de alguns elementos da equipa técnica liderada por Lúcio Antunes.
O antigo guarda-redes por Cabo Verde mostra-se disponível para ajudar a sua terra natal, caso seja convidado: «Gostava de colaborar para, em conjunto, ajudarmos o país a ter uma participação com êxito no CAN», disse Hélder Lopes, que foi internacional cabo-verdiano.
«Joguei por Cabo Verde, portanto ia ser um grande privilégio voltar a ajudar a seleção do meu país numa fase final do CAN. Tenho consciência que vai ser difícil, porque não depende apenas de mim, mas acredito que é a conversar que os homens se entendem», disse ao Jornal dos Desportos de Angola.
Mesmo que seja convidado, Hélder Cruz teria de ter autorização do seu clube para integrar a equipa técnica dos "tubarões azuis".
Hélder quer Angola e Cabo Verde na 2ª fase
Hélder Cruz define-se como «o cabo-verdiano mais angolano» que há. O ex-internacional por Cabo Verde ficou entusiasmado com a qualificação os "tubarões azuis" para o CAN2013.
«Trabalhámos longos anos para chegar ao CAN. Acredito que vamos à África do Sul para competir e não para participar. Pretendemos fazer uma boa campanha. Os jogadores têm demonstrado um patriotismo fora do comum, que acredito poucas seleções por este mundo fora tenham, que enobrece todos os cabo-verdianos», disse, orgulhoso, o treinador de guarda-redes.
Apesar de estar em Luanda, Hélder continua a acompanhar tudo o que se passa na seleção cabo-verdiana. O ex-guarda-redes pede que mais cabo-verdianos nascidos na diáspora se mostrem disponíveis para jogar pela seleção dos seus pais: «É possível recrutarmos mais jogadores, temos de pensar na renovação para mantermos os níveis atuais», disse ao diário desportivo angolano.
Hélder Cruz teme que a falta de verbas possa inviabilizar o futebol cabo-verdiano e a manutenção dos "tubarões azuis" na alta-roda do futebol africano. O treinador de guarda-redes do 1º de Agosto aproveitou para elogiar a abnegação e entrega dos jogadores cabo-verdianos: «Alguns são atletas de gabarito nos clubes em que atuam, mas jogam por amor à camisola do seu país, onde ganham muito menos do que nos seus clubes», afirmou.
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