O “milagre” aconteceu aos 93 minutos, com Bruno Alves a aproveitar um erro do guarda-redes Isli Hidi, disfarçando uma exibição muito pobre, lenta e sem ideias da “equipa das quinas”, que se adiantou aos 27 minutos, por Hugo Almeida, mas Erjon Bogdani empatou dois minutos depois.
Portugal somou a segunda vitória em seis jogos, voltando aos triunfos depois dos nulos nos dois com a Suécia e na recepção a esta mesma Albânia.
A “equipa das quinas” passou agora a somar 9 pontos e ficou a seis pontos da Dinamarca, que hoje venceu a Suécia, e quatro da Hungria, ficando com mais três do que o conjunto sueco, que tem menos um encontro disputado. A vida de Portugal contudo não é fácil, uma vez que ainda tem dois jogos frente à Hungria, tem de visitar a Dinamarca e fecha a qualificação frente a Malta.
O seleccionador português, Carlos Queiroz, manteve-se fiel ao seu esquema habitual, surpreendendo com a colocação do experiente Luís Boa Morte, que não era convocado desde Agosto de 2006, no flanco esquerdo do ataque, ao lado de Cristiano Ronaldo e Hugo Almeida.
Como Queiroz já tinha anunciado, Eduardo foi o titular na baliza, atrás de Bosingwa, Bruno Alves, Ricardo Carvalho e Duda, com Pepe, Raul Meireles e Deco a formarem o trio do meio-campo.
Com o croata Josip Kuzhe a estrear-se no comando técnico, a Albânia entrou de forma pressionante e ríspida no encontro e, aos quatro minutos, já tinha cometido três faltas duras, duas das quais sobre Cristiano Ronaldo.
Cristiano Ronaldo, por vezes excessivamente individualista, parecia o único a conseguir furar a defesa albanesa e foi dele o primeiro remate de Portugal, aos 10 minutos, na marcação de um livre, mas atirou ao lado.
Aos 17 minutos, o camisola sete português parece ter sido travado em falta no interior da grande área, mas o árbitro alemão Florian Meyer, excessivamente permissivo com a dureza e o antijogo albanês, nada assinalou. De novo em acção, aos 20 minutos, Cristiano Ronaldo fez uma grande assistência para Boa Morte, que, em excelente posição, atirou muito ao lado, mas o primeiro lance de real perigo aconteceu perto da baliza lusa, com Ervin Skela a surgir solto na esquerda e a tentar um chapéu a Eduardo, valendo Pepe a evitar a recarga.
Na resposta, Hugo Almeida quebrou o enguiço e, 297 minutos depois, Portugal voltou a marcar um golo. Após um cruzamento de Bosingwa e beneficiando de uma falha dos dois centrais contrários, o avançado luso cabeceou para a baliza.
Podia pensar-se que Portugal ia partir para uma vitória tranquila, mas, dois minutos depois, a defesa portuguesa adormeceu, permitiu o cruzamento de Ervin Skela para a cabeça do “gigante” Erjon Bodgani, que marcado por Duda, atirou para o fundo das redes.
Ainda antes do intervalo, Raul Meireles podia ter recolocado a “equipa das quinas” em vantagem, mas, lançado por um grande passe de Deco, permitiu a defesa a Isli Hidi.
Ao intervalo, Carlos Queiroz deixou no balneário Luís Boa Morte e fez entrar Simão, mas os efeitos da substituição notaram-se durante poucos minutos, porque Portugal continuou lento e sem capacidade de criar desequilíbrios.
Aos 58 minutos, lance polémico na área portuguesa, em que ficou a ideia que Ricardo Carvalho tocou em Bogdani, depois de ter perdido a bola de forma infantil. No minuto seguinte, a primeira boa jogada de Portugal no segundo tempo, com Bosingwa a cruzar para Ronaldo, que recebeu no peito, mas rematou por cima.
Quando os adeptos albaneses já festejavam o empate, Raul Meireles cruzou a bola da direita e Bruno Alves aproveitou uma má saída de Isli Hidi para marcar o golo da vitória.
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