Todos os candidatos que queiram oficializar a corrida à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) são obrigados a reunir a subscrição de um décimo dos delegados da Assembleia-Geral (AG).
Ao todo, serão um total de 84 votos (29 de sócios ordinários e mais 55 de delegados eleitos) a validar as próximas eleições na FPF, pelo que cada candidato terá de reunir, pelo menos, oito assinaturas.
A pouco menos de três meses das primeiras eleições a realizar com os novos estatutos, marcadas para 10 de dezembro, apenas Filipe Soares Franco, ex-presidente do Sporting, e António Sequeira, antigo secretário-geral da FPF, anunciaram a intenção de entrar na corrida.
Quinta-feira, Soares Franco apresentou a candidatura, com a certeza do apoio de várias associações distritais, mas até agora só Madeira, Braga e Coimbra se mostraram inclinadas a apoiar o antigo líder do clube de Alvalade.
Neste sentido, e segundo a contabilização ordenada pelos novos estatutos, Soares Franco, que já sabe que não terá o apoio do Sporting, pode já ter asseguradas as subscrições de três delegados, pois cada associação conta com um dos 29 votos dos sócios ordinários.
Soares Franco reuniu-se segunda-feira, em Leiria, com o plenário das associações. O candidato saiu do encontro “satisfeito”, mas sem nenhum outro apoio anunciado.
Quanto a António Sequeira, não se conhece ainda nenhuma indicação de apoio ao antigo secretário-geral da FPF.
À dupla já conhecida de candidatos podem juntar-se outros nomes, como Fernando Gomes, presidente da Liga, Fernando Seara ou Hermínio Loureiro.
O presidente da Liga já recebeu o apoio da esmagadora maioria dos clubes das duas ligas profissionais para avançar, embora não seja ainda absoluto que tenha do seu lado o Sporting, que preferia Hermínio Loureiro, e Benfica, que ainda não se pronunciou.
Os clubes da Liga, que terão o maior número de votos (20), elegerão os delegados para a reunião magna eleitoral já quarta-feira, em AG extraordinária, podendo ficar aí definido se Fernando Gomes aceita o repto.
Entre os restantes delegados eleitos, os votos vão distribuir-se da seguinte forma: clubes não profissionais (oito), clubes distritais (sete), jogadores profissionais (cinco), jogadores amadores (cinco), treinadores (cinco) e árbitros (cinco).
Associações distritais (22), Liga, associações de treinadores, árbitros, jogadores, dirigentes, massagistas e médicos formam o grupo de 29 sócios ordinários, com direito a um voto cada.
A necessidade de recolher oito subscritores faz com que os candidatos tenham de realizar uma pré-campanha eleitoral, que já era “obrigatória” nos atos eleitorais com os antigos estatutos.
Segundo os anteriores regulamentos, as listas tinham de ser subscritas por um quarto dos 500 votos dos sócios ordinários representados na AG da FPF.
Nessa altura, por exemplo, bastavam os apoios da Liga (100 votos) e da Associação de Braga (25). Em conjunto, as associações totalizavam 275 votos.
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