Fernando Gomes, candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), admitiu, em entrevista à agência Lusa, que poderá criar regulamentos para diminuir o número de estrangeiros nas equipas portuguesas.
«É possível essa regulamentação, compaginando sempre dois interesses: por um lado, o alargamento da prática aos jogadores portugueses, mas, por outro, salvaguardar a capacidade competitiva das equipas que participam nas competições europeias, que é fundamental para a afirmação do futebol português», referiu.
O atual presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional aposta num «reforço claro na formação e na valorização do jogador português», que «passa claramente pela alteração dos quadros competitivos para dar espaço de competição aos jogadores jovens, nomeadamente, entre a faixa etária dos 19 aos 23 anos».
«Redução do número de estrangeiros nos diversos escalões, para abrir um maior leque de oportunidades para que o jogador português possa ter uma participação mais ativa e fomentando a prática do futebol, alargando a base da pirâmide, que é fundamental, para que através da quantidade, possamos ter uma maior qualidade», afirmou.
Integrada na sua lista, com um cargo de direção, está Mónica Jorge, atual selecionadora de futebol feminino, e Fernando Gomes garante que «não vai haver sobreposição de cargos», pelo que, se for eleito, «terá de ser encontrada uma alternativa para a seleção nacional feminina».
«A Mónica Jorge é uma profunda conhecedora do futebol feminino e acreditamos plenamente que ela será capaz de desenvolver um plano de desenvolvimento do futebol feminino, que leve o número atual de praticantes a crescer de forma sustentada e muito rápida», frisou.
Fernando Gomes anunciou ainda «uma aposta muito forte no futsal», com a presença de Pedro Dias na sua lista, com o objetivo de «tornar o futsal na modalidade de pavilhão mais praticada em Portugal», adiando uma decisão sobre a continuidade de Jorge Braz como selecionador.
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