O antigo internacional e capitão da selecção nacional de futebol, Luís Figo, garantiu hoje que não é candidato à Federação Portuguesa de Futebol e considera que o despedimento de Carlos Queiroz estava decidido à partida.
“Sabe que eu estou uma bocado queimado em Portugal devido a alguns acontecimentos com a minha pessoa. A única coisa que posso dizer é que quando quiser mais problemas regresso a Portugal”, disse.
“Não passa pelos meus objectivos ser presidente do que quer seja em Portugal. Como não quero ter problemas, nem uma vida agitada, acho que é melhor estar em casa tranquilo”, acrescentou.
O antigo internacional português falava aos jornalistas à margem da cerimónia de entrega de equipamentos desportivos – fato de treino, ténis e uma mochila – atribuídos a alunos da Escola Básica 2, 3 da Bela Vista, em Setúbal, no âmbito de uma parceria da Fundação Luís Figo com o Ministério da Educação.
Questionado sobre o despedimento de Carlos Queiroz do cargo de seleccionador nacional de futebol, Luís Figo considerou que se tratou um desfecho anunciado desde o início do processo.
“Acho que todos os portugueses sabiam de antemão qual era o destino final, ou a decisão final que íamos ter, independentemente dos resultados positivos ou negativos”, disse.
“Por isso acho que durante este processo se perderam dois meses, dois meses de estabilidade. E quando se tem instabilidade é extremamente negativo para todas as partes”, concluiu.
Carlos Queiroz, suspenso disciplinarmente por seis e um mês pela Autoridade de Antidopagem e pelo Conselho de Disciplina da federação, respectivamente, foi demitido por decisão unânime da direcção da Federação Portuguesa de Futebol na passada quinta-feira.
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