Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), deu esta terça-feira uma conferência de imprensa onde analisou a prestação da seleção portuguesa no Mundial do Brasil. Acompanhado por Huberto Coelho, vice-presidente da FPF, o dirigente diz que a seleção portuguesa foi capaz ”de atingir o limite mínimo exigido” e que toda a estrutura “trabalhou para mais”.
Da mesma forma, Fernando Gomes lembou que “os jogos nos EUA e a cidade em que a equipa estagiou não influenciaram de forma determinante os resultados da Seleção” no Mundial2014.
Para melhorar futuras participações de Portugal em certames internacionais, a FPP anunciou algumas mudanças e medidas a implementar no futuro em "três áreas estruturantes e transversais".
"Após audições internas e externas, a FPF decidiu intervir em três áreas: técnica, clinica e regulamentar”. No primeiro será Ilídio Vale que coordenará, Dr. José Carlos Noronha será o responsável pelo departamento clínico e Professor João Brito será o responsável pela área regulamentar", explicou Fernando Gomes.
Para Fernando Gomes, "quando se perde nem tudo está mal", pelo que decidiu renovar o contrato de Paulo Bento e ainda criar um Gabinete Coordenador Técnico Nacional.
"Dissemos no Brasil que perdendo não estaria tudo mal. Fizemos uma opção consciente e ponderada, com a renovação de contrato com o selecionador nacional até ao Europeu, para que liderasse um necessário processo de transição. Ocupamos o primeiro lugar no ranking da UEFA no que diz respeito às seleções de formação. Acreditamos que estamos a fazer um bom trabalho de formação, com qualidade, e decidimos que era necessário que o selecionador estivesse mais próximo desse processo. Por isso decidimos criar um Gabinete Coordenador Técnico Nacional, que vai contar com Paulo Bento, Ilídio Vale e Rui Jorge, três pessoas competentes e em quem acreditamos para liderar este processo", explicou.
Uma das mudanças na Federação é a criação da Unidade de Saúde e Performance.
"Depois de 14 anos sem mudanças, decidimos dar um salto em frente e estruturado, na criação de uma unidade que seja referência nacional e internacional. A partir de 2 de setembro teremos um diretor sempre presente nos estágios e jogos, pelo menos da seleção A. A Federação escolheu o doutor José Carlos Noronha. Haverá ainda um médico coordenador, o doutor Paulo Beckert, em colaboração, que será médico de banco para muitas seleções, e que será especialista em medicina desportiva. A complementar esta área, estará ainda o professor João Brito, na área da fisiologia", afirmou o presidente da Federação Portuguesa de Futebol.
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